A crise da habitação em Portugal começou a tornar-se mais acentuada após a crise financeira de 2008, com uma drástica queda na construção de novas habitações a partir desse ano.
Para piorar, veio A “Lei Cristas”, uma daquelas intromissões infelizes do governo nas regras de mercado, o que facilitou a rescisão de contratos, aumentou a flexibilidade para atualização de rendas e simplificou os procedimentos de despejo.
Em 2017 Marcelo Rebelo de Sousa “prometeu acabar” com o problema dos “sem abrigo”. Entretanto o seu número aumentou exponencialmente, ficando esta promessa, como muitas outras, até hoje, no tinteiro.
Pelo meio, o desastroso “Governo da Geringonça”, que numa de “politicamente correto”, agradando a uma “esquerda radical”, escancarou as fronteiras, sem qualquer inteligência nem critério lógico, a uma enxurrada de imigrantes que vieram sem condições nem trabalho, agravando ainda mais este problema!
Por ultimo, os baixíssimos salários, principalmente pagos a jovens licenciados, não permite a opção de arrendarem casa ou muito menos de a comprarem, ficando estes a viver nas casas dos pais, adiando ou até evitando terem descendência, o que cria paralelamente um grave problema demográfico e social.
Notam-se já incontáveis lojas, apartamentos, garagens, hotéis (Hotel Nave p.ex.) habitados por dezenas de pessoas, vivendo a monte e dormindo no chão, sem água nem eletricidade, e sem quaisquer condições.
Ou seja, o grave problema da habitação foi sobretudo causado pelos nossos dirigentes centrais (Governos), e que erro, após erro, o estão a agravar e a esconder!
Cabe, portanto, a este governo resolvê-lo e urgentemente! Dar condições às autarquias, desbloquear terrenos e infraestruturas públicas desabitadas, obter financiamentos de fundos europeus para a construção de habitação pública, mas nunca habitação social, (sim porque este também é um problema europeu) e atuar no imediato, fazendo deste assunto uma prioridade nacional.
Durante a minha campanha eleitoral à presidência da Câmara Municipal de Braga, apresentei diversas soluções viáveis, a par de outras, também boas, apresentadas pelos meus opositores (todavia alguns com promessas irrealizáveis e populistas de construção de 500 (PS/PAN), 1000 (JPB) e até 15.000 (IL) casas!!!), enfim!
Entretanto, as televisões nacionais, apesar de tendenciosas, têm enchido os seus horários nobres com a recente ação policial realizada, e bem, no complexo de favelas do Alemão e da Penha, na cidade do Rio de Janeiro, contra exércitos, armados e organizados (ex. Comando Vermelho) de narcotraficantes/narcoterroristas.
Os arredores de Lisboa e Porto começam a ter “favelas” já de dimensão considerável e a médio prazo incontroláveis! Exceto a oportuna ação (de louvar) da Câmara de Loures com a demolição do “Bairro do Talude”, antes que fosse tarde.
Este será certamente o infeliz panorama dentro de uns anos; ou seja, ou o governo resolve já este grave problema da habitação e dos seus custos, ou estaremos a breve trecho a deparar com mais e maiores “bairros afavelados” ou “bairros de lata”, nas imediações das grandes e médias cidades portuguesas, onde será muito difícil a polícia e a ordem lá entrarem, e onde proliferarão ainda mais os flagelos do tráfico de drogas e armas, da marginalidade, do crime, da insalubridade e da saúde, elevando a insegurança e, obviamente, o racismo.
Não se admirem portanto, se dentro de uns anos, será ainda bom “Viver em Braga”?
Pensem nisto.