O Palácio dos Biscainhos acolhe um importante núcleo de Relojoaria de Produção Francesa do Período Império, que integra a exposição permanente da Sala dos Azulejos, altamente valorizada pelo depósito de António José da Costa Dias.
Ao longo dos anos de 2023 e 2024, o Museu recebeu em regime de Depósito, dois núcleos de Relojoaria de produção francesa, em bronze dourado, totalizando treze exemplares, datados desde finais do século XVIII até ao primeiro quartel do século XIX, cuja integração valorizou de forma significativa o Acervo de Relojoaria do Museu. «Na continuação deste importante processo António José da Costa Dias depositou na passada quarta-feira, dia 1 de outubro, mais dois notáveis exemplares, da mesma produção e época, que o Museu estima integrar na exposição permanente num horizonte muito próximo»,realça, em comunicado, a diretora do Museu dos Biscainhos, Fátima Pereira Rolim.
Trata-se de dois exemplares, um dos quais classificável dos finais do século XVIII a início do XIX e de um outro comemorativo de Alexandre Magno, com representação figurativa deste, e datável do período Império, primeiro quartel do século XIX, sendo este da autoria de dois dos fabricantes da mais alta qualificação à época, “Thomire & Cie” e “Moinet Ainé, Fr.”
«Este depósito, de um cidadão de Braga, vem reforçar, também, a importância e a ligação do Palácio dos Biscainhos à comunidade. Ao longo dos anos o valioso acervo do Museu foi constituindo-se por importantes depósitos de personalidades e famílias que confiaram na missão cultural, de investigação e de salvaguarda do património que este museu cumpre diariamente. A história das coleções e do Palácio cruza-se, assim, com a evolução cultural e social de Braga, do País e do Mundo. Através das coleções, de cada peça do acervo, podemos contar histórias de muitas gerações e de muitos lugares ao longo de quase cinco séculos», pode ler-se no referido comunicado.