A analogia à expressão “compro, logo existo” é propositada, pois afinal quem usa a bicicleta não o faz apenas enquanto desporto ou lazer, mas também enquanto cliente do comércio de proximidade. É, curiosamente, um pseudo-argumento utilizado por aqueles que se incomodam com outros utilizadores da via pública que não automobilistas, ou seja, que os utilizadores da bicicleta não vão às compras de bicicleta. Mero mito urbano, pois actualmente é muito fácil ver em Braga cidadãos e cidadãs ir às compras de bicicleta, seja na comum bicicleta com alforges, seja numa bicicleta de carga. Até a idade já deixou de ser uma barreira com as bicicletas eléctricas, as quais já levaram muitas pessoas a voltar a andar de bicicleta, eléctrica, pois esta ajuda extra possibilita ultrapassar os trajectos mais inacessíveis a quem já teria dificuldade em os fazer numa bicicleta normal. Estes e outros factos têm sido utilizados cada vez de forma mais comum por alguns negócios, que, habilmente, conseguem captar clientes ao colocarem locais próprios para o estacionamento de bicicletas. Sim, os utilizadores de bicicletas têm um gosto especial em ir a lojas/negócios que veem os utilizadores de bicicleta como clientes. Claro que é necessário colocar os mais adequados, caso do sistema Sheffield, e não sistemas pouco práticos e inseguros. O caminho faz-se caminhando e já houve quem numa primeira fase tivesse errado na escolha do sistema de estacionamento e depois tivesse corrigido. Aprender é uma virtude.
Com um ou mesmo dois alforges consegue-se transportar as compras para vários dias, sendo bastante prático de usar. As vantagens são muitas, pois a bicicleta é um meio de transporte muito eficaz nas pequenas distâncias em meio urbano, um meio de transporte barato de adquirir e sem despesas significativas associadas ao longo da sua vida útil. Bem como fácil de estacionar, ficando até mais perto que o estacionamento automóvel, já que os estacionamentos para bicicletas costumam estar mesmo à porta. Se chover? Bem, se os alforges forem impermeáveis não há problema algum. Claro que da mesma forma que nos vestimos para o calor ou para o frio no nosso dia-a-dia, também devemos fazer o mesmo quando andamos de bicicleta, portanto se chove, veste-se roupa impermeável e não se torna problemático andar de bicicleta à chuva. E, diga-se, é uma alegria andar de bicicleta, também à chuva, facto que nos torna pessoas mais felizes, alegres e saudáveis. E isso faz toda a diferença no nosso dia-a-dia, pois não há nada melhor do que chegar à loja, ao trabalho ou a outro qualquer lugar com o sorriso na cara. Imaginem, em contraponto, a vossa cara e a vossa atitude quando estão no carro para ir ou a vir das compras, bloqueados no trânsito, caótico, sem poder sair dali durante largos minutos. Não é fácil, pois não? Vemo-nos a caminho das compras, de bicicleta, num destes dias!