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“Black Friday” será uma verdadeira pechincha?

Aproxima-se a “Black Friday”, a data que por alguns é esperada o ano inteiro para agarrar aquele artigo tão desejado. Esta expressão teve origem nos Estados Unidos da América (como é habitual nestas coisas!) e daí irradiou para todo o mundo, fazendo agora também parte das nossas “comemorações ou celebrações”, e passou a ser uma data especial porque as empresas fazem grandes descontos sobre o preço habitual dos seus produtos, levando muitos consumidores a aproveitarem para iniciar as suas compras de Natal. 
Contudo, algumas empresas menos escrupulosas, pretendendo ter um grande lucro, vendem, por assim dizer “gato por lebre”, ou seja, aquilo que é anunciado como uma pechincha, a um preço irrecusável, afinal pode não o ser, pelo que é necessário os consumidores estarem atentos e não se precipitarem, analisando se os produtos anunciados pelas empresas correspondem de facto a verdadeiras promoções.

Assim, não foi de estranhar encontrar grandes filas de trânsito juntos das grandes superfícies comerciais das principais cidades do nosso país e ver os consumidores a atropelarem-se (e às vezes a travarem-se de razões) na corrida às chamadas “pechinchas”. A questão que se pode colocar é: vale a pena esta corrida desenfreada em busca de uma boa compra?

De facto, nalguns casos, muitas das promoções disponíveis nesse dia, já lá estavam nos dias anteriores e continuaram disponíveis nos dias seguintes. Neste caso, para quê comprar neste dia de maior confusão?

Algumas das promoções são anunciadas em catálogos, folhetos ou anúncios.

É preciso estar atento, e munir-se de algumas informações importantes para comprar na “Black Friday”. Comece por verificar sempre os preços reais, através da consulta de comparadores, desconfie de elevados descontos, exija que o preço anunciado seja cumprido. 

Nas compras na Internet seja especialmente cauteloso, mesmo sabendo que em caso de arrependimento disponha de 14 dias seguidos a contar da data da compra para resolver o contrato. Mas deve ainda ter em consideração a plataforma de venda, a credibilidade da mesma, e as condições legais de venda. 

Os comerciantes por seu turno, estão legalmente obrigados ao cumprimento de determinadas regras:

1) Indicar o preço mais baixo do produto praticado nos últimos 90 dias fora de períodos de saldos ou promoções;

2) Indicar a percentagem de redução relativamente ao preço mais baixo anteriormente praticado;

3) Na venda com redução de preço deve ser indicada a modalidade de venda, o tipo de produtos, a respetiva percentagem de redução e a data de início e o período de duração.

Em caso de rutura de stock o comerciante está obrigado a anunciar o fim daquela promoção e dar por terminada a promoção com redução de preço.
Por outro lado, embora se trate de promoções, os comerciantes não podem restringir os meios de pagamento habitualmente aceites, ou efetuar a venda com alguma variação de preço em função do meio de pagamento escolhido pelo consumidor. 

A Black Friday pode, de facto, ser uma oportunidade para adquirir aquele produto a um preço mais vantajoso. No entanto para eu assim seja é essencial que os consumidores estejam atentos e informados para compras conscientes. 

Caso pretenda saber mais sobre este assunto, contacte o CIAB: em Braga: na R. D. Afonso Henriques, n.º 1 (Ed. da Junta de Freguesia da Sé) 4700-030 BRAGA * telefone: 253 617 604 * fax: 253 617 605 * correio eletrónico: [email protected] ou em Viana do Castelo: Av. Rocha Páris, n.º 103 (Ed. Villa Rosa) 4900-394 VIANA DO CASTELO * telefone 258 809 335 * fax 258 809 389 * correio eletrónico: [email protected], ou ainda diretamente numa das Câmaras Municipais da sua área de abrangência ou em www.ciab.pt.

Fernando Viana

Fernando Viana

22 novembro 2025