O que se perspetiva para haver paz na Ucrânia é a cedência dos territórios que o invasor russo ocupou na invasão maldita. Europa também o pode bombardear com armas congéneres, isto é, diferente de uma paz com cedências vergonhosas? Talvez tudo, menos decência nesta paz postiça; quem sabe se não a podemos apelidar de cobardia e, note-se, cobardia por parte do invasor que,, por motivos de possuir uma força maior, se apropria daquilo que não é seu. O leão come a perna à gazela e esta fica contente por ficar com três? O poltrão tem razão quando diz, “antes cobarde vivo que herói morto”? Há maior degradação moral do que este princípio? É como se me roubassem o automóvel e depois me dissessem: deixa lá o que te roubaram para não haver guerra entre ti e o ladrão. Mas isto cabe na cabeça de alguém? A Europa consente numa coisa destas, acobardada a Putin como se ele fosse “o senhor disto tudo”! Deixem-no abusar que ele vai espremendo o limão pouco e pouco até ele escorrer em fio. Como diz o outro, “depois não se queixem”. Sente-se o medo a Putin com tal densidade que se pode cortar à faca. É preciso ser prudente porque ele tem armas terríveis movidas a força atómica capazes de atingir alvos a longa distância. Será verdade, mas não pensam que a Europa também o pode bombardear com armas congéneres. Mas ele propagandeia a sua força duma maneira intimidatória. E por que razão não faz o mesmo esta Europa tão velha que se fica com o rabo entre pernas como cão assustado? Mas ainda não perceberam que é pelo medo que Putin quer dominar a Europa que tanto odeia desde a guerra fria? Mas ele pode desencadear uma guerra nuclear, inclusive pode extinguir toda a nossa civilização. Mas, se é assim, onde se esconderá Putin que as armas europeias o não expludam também? Se ele pensa assim, não pensará que também não ficará cá para ver o caos! Julgo que há muito de propagandístico em todo o Kremlin. Ter medo do medo é um medo terrível. Ele está nitidamente a abusar deste medo. É preciso fazer perceber a Putin uma coisa muito basilar: se você atira nós também atiramos. Agora, enquanto ele se sentir seguro porque só bate sem ter troco, há de sempre abusar dessa vantagem. Mas é preciso usar com cautela. Mas quando acaba a cautela e começa a cobardia?