Nestes cinquenta anos de “democracia” os cidadãos habituaram-se a votar nas eleições autárquicas nos habituais partidos do sistema, como se de clubes de futebol se tratassem.
Os próprios boletins de voto, não apresentam nome nem foto do candidato em si, mas sim e erradamente siglas de partidos ou coligações.
É muito mais difícil um dado candidato apresentar-se como independente, em vez de apoiado por um partido! A democracia neste ponto ainda tem muito por onde evoluir, assim como o Presidente da Câmara ser proposto pela Assembleia Municipal! Mas isso é outra estória.
Na realidade a gestão camarária de um dado Concelho pouco tem a ver com ideologias políticas, (como se hoje em dia os partidos tradicionais ainda tivessem ideologia?), mas sim, muito mais a ver, com a competência e visão dos candidatos a esses cargos.
Além do mais, o mundo está a mudar! Os chamados “Partidos do Sistema”, (PS, PSD, CHEGA, IL etc.) tenderão a minguar. Estes, de mentalidades woke, sem ideias novas, baseados em narrativas convenientes, apoiantes, por exemplo, da “censura” nas redes sociais, de Tratados Pandémicos, de dinheiro 100% eletrónico e de outras convenientes aberrações, ainda não deram conta que o “Povo” está a ficar farto, e que finalmente começa a abrir os olhos, e que, os vai, no futuro, penalizar fortemente nas urnas! Começou o eleitorado primeiro por anular os partidos de esquerda, partidos feitos de contradições, oportunismos e hipocrisias... e em breve tratará de anular estes outros.
É portanto nesta perspetiva que os eleitores se devem basear. Analisar bem o currículo, o conhecimento da realidade, a personalidade, o passado e a experiência de cada candidato e decidir tendo em conta a independência desse mesmo candidato em relação às “guide lines” que já provaram estar erradas! Veja-se p.ex. para onde a Europa está a divergir, fruto da incompetência dos seus governantes (não eleitos) também estes saídos das “jotas” dos partidos políticos do sistema!
Deve-se começar então por termos uma palavra a dizer nas nossas eleições locais.
Em Braga, a escolha é vasta, apresentam-se dez candidatos à presidência da câmara. A dificuldade está em decidir se queremos mais do mesmo; inércia, incompetência, falta de ideias, obediência ao Partido e a Lisboa, discurso politicamente correto e conveniente – porque só assim poderiam ansiar um dia ser ministro ou presidente da república – (veja-se p.ex. os presidentes da câmara da capital!). Ou se queremos arriscar finalmente na diferença, no único candidato verdadeiramente sem compromissos, independente, não alinhado com seitas e cultos e narrativas, experiente, com visão empresarial, ideias e preocupações sociais e fundamentalmente com um vasto conhecimento da cidade e dos seus problemas.