Após a segunda guerra mundial a Europa, através de grandes líderes europeus pensou e bem, em redimensionar a sua configuração política, dentro de um espírito democrático e tendo em vista o seu desenvolvimento económico procurando corrigir, progressivamente, as desigualdades, incentivando a criação de riqueza para dar força à classe média, atenuando a pobreza e estabelecendo uma interligação com a liberdade.
Pensou e bem na criação da União Europeia, concretizada no Tratado da União Europeia ou de Maastricht em 1 de Novembro de 1993, o que constituiu uma mais valia inter países, apesar das suas ideologias, numa perspetiva com uma paz duradoura, indo de encontro ao sentido intercomunitário planeado e com abertura de um todo, dentro da vivência ancestral e inovadora de cada país, mas colocando acima de tudo as comunidades originais e as migrantes dentro dos princípios dos países acolhedores.
Ainda bem e dentro do espírito democrático, em que os Estados Unidos foram um exemplo a nível mundial, em liberdade e acolhimento de povos de diversas etnias, países e enquadrou a NATO em 4 de Abril de 1949, com acordo à Europa e países europeus, tiveram a visão de acolher e desenvolver, perspetivando eventuais acontecimentos de natureza política ou bélica.
Foi um caminho bem idealizado e precavendo o futuro, o que, infelizmente, se tem vindo a verificar, face à instabilidade lançada pelo atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em diversas áreas, diplomática a nível mundial, comercial, migratória e em contradições constantes conducentes a eventuais conflitos bélicos.
A sua aproximação a Putin, encapotada ou aberta, traz vários problemas à União Europeia e à NATO, quando pelo contrário devia seguir uma política de continuidade no seguimento dos seus antecessores.
Por sua vez, a Europa dentro da política seguida pela NATO e com apoio dos Estados Unidos, parou no tempo no referente à sua segurança e não precavendo a defesa, devido a divergências políticas intercontinentais ou mesmo continentais, face ao eventual reforço de um império atingido na segunda guerra mundial.
E é isso que se está a verificar, o que talvez fosse bem diferente se a Europa marcasse uma posição firme quando a Rússia anexou a Crimeia, o que já devia ser um alerta para a Europa pensar na estruturação da sua segurança e defesa, ao contrário da Rússia, que deu início à preparação da sua futura atuação face à tranquilidade da União Europeia.
A Rússia vai prosseguir a guerra fratricida com a Ucrânia e apoderar-se de seus territórios e, se não houver uma posição firme da União Europeia, dos Estados Unidos e da NATO, atualmente fragilizada, o mundo vai entrar no caminho da incerteza, considerando a posição, aparentemente, indefinida da China e apoio da Coreia do Norte à Rússia, o que pode conduzir a uma Guerra grave e talvez nuclear, de onde, na atualidade, a diplomacia devia ser o cerne para evitar uma guerra mundial transversal, com consequências fortemente gravosas e imprevisíveis para a humanidade, o que só pode acontecer se Trump mudar o caminho indefinido que está a seguir, mediante uma posição firme e frontal à Rússia.
Uma certeza é evidente, com Putin ou outro oligarca russo que lhe possa suceder, com o mesmo espírito autocrático e ditatorial, e se a Europa mantiver uma situação seguida à décadas, a Rússia após a anexação de regiões ucranianas, irá seguir o mesmo percurso para anexar outros países limítrofes ou que pertenceram ao seu Império.
A Esperança consensual entre o quadrilátero, será a força para vencer tamanhas adversidades e que sempre foi tão cara ao Papa Francisco.