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Braga aprova redução de IMI para hotel mas vereador do Urbanismo vota contra

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Publicado em 12 de junho de 2020, às 22:37

Regresso da polémica ao edifício ao lado das Convertidas.

A Câmara de Braga aprovou hoje, com o voto contra do vereador do Urbanismo, a redução de 82,5 por cento, por cinco anos, do IMI a pagar por um hotel que vai ser construído na cidade. Miguel Bandeira justificou o seu voto contra com os mesmos argumentos que tinha esgrimido em 2019, quando o executivo decidiu acionar o mecanismo de excecionalidade previsto no Plano Diretor Municipal (PDM) para permitir a construção do hotel junto ao Recolhimento das Convertidas, edifício classificado como monumento de interesse público. O mecanismo de excecionalidade permite a modificação da altura e da volumetria do imóvel. Na altura, Miguel Bandeira aludiu a “elevado impacte morfo-volumétrico incidente no Recolhimento das Convertidas” e salientou que a “presumida excecionalidade do hotel não pode, nem deve, sobrepor-se à excecionalidade primordial do imóvel classificado”. Hoje, o executivo aprovou a declaração de interesse económico do projeto do hotel e, além da redução do IMI, decidiu ainda conceder uma redução de 82,5 por cento sobre as taxas municipais. O grupo Hotti vai investir 11 milhões na construção do hotel, que resultará da ampliação de um edifício do século XVIII instalado na Avenida Central, em pleno Centro Histórico de Braga. O hotel terá 110 habitações e estará pronto em janeiro de 2023. Segundo os promotores, vai criar 30 empregos diretos e outros tantos indiretos. Será edificado em dois volumes, um dos quais com rés-do-chão e quatro andares, enquanto o outro se ficará pelo rés-do-chão e dois andares. Na reunião de hoje, o PS votou a favor da redução do IMI e das taxas municipais, enquanto o vereador da CDU se absteve, por não haver qualquer referência ao impacto e ao compromisso ambiental do projeto.
Autor: Redação