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Bombeiros Municipais de Braga em greve não cumprem "serviços mínimos" decretada pela Câmara por acharem ser "irresponsável"

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Publicado em 14 de fevereiro de 2019, às 22:44

Paralisação nos Bombeiros Municipais de Braga.

Os bombeiros da Companhia Sapadores de Braga estão desde hoje em greve, mas sem cumprirem diretiva dos serviços mínimos que a Câmara de Braga pretendia impor por considerarem que esta «iria deixa o socorro à população em causa». O secretário coordenador norte da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais, e também Bombeiro Municipal em Braga, Ricardo Fernandes, explicou ao Diário do Minho que os bombeiros da Companhia Sapadores de Braga juntaram-se à greve da Função Pública face ao impassenas negociações do Estatuto do Bombeiro Profissional. No entanto, e como refere Ricardo Fernandes, foram surpreendidos com os serviços mínimos impostos para Câmara de Braga que colocava 10 bombeiros (um turno tem 20) ao serviço no início e fim da cada turno.
«Esta situação caso fosse cumprida colocaria o socorro à população em causa por não serem garantidas as guarnições dos veículos de socorro», explica.
Desta forma, e como se lê no comunicado do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), os bombeiros avançaram para o cumprimento dos serviços mínimos declarados pelo SNBP, assumindo a perda de vencimento, mas garantindo o socorro à população, com quem assumiram a responsabilidade da missão. Esta decisão dos bombeiros da Companhia de Sapadores de Braga prende-se com a experiência vivida na última paralisação. «Nestas duas horas em que a câmara pretendia tirar elementos de ambos os turnos (nos serviços mínimos) registaram-se na última greve 55 emergências pré-hospitalares, seis incêndios urbanos, um salvado e seis outros serviços. Estes serviços caso voltassem a ocorrer, poderiam ficar sem resposta por falta de efetivos», exemplificam, explicando que acima de tudo está ocompromisso para com os que servem, ou seja, a população.
Autor: Nuno Cerqueira