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C’ajuda: quando os livros entram em campo

Na apresentação do livro “Manuel o (des)treinador Cajuda” (Tiago Guadalupe) o Mister recordou que quando começou a treinar tinha dificuldade em arranjar livros que lhe permitissem aprender mais sobre o treino. Usando alguns títulos da minha biblioteca, decidi construir uma breve resenha das preocupações antigas do treinador e das (que devem ser as) atuais do presidente do Olhanense - que cedo percebeu que O talento não é tudo (Geoff Colvin) e que Saber Treinar, Aprende-se (Teotónio Lima).

Apologista de levar O Futebol – da rua à competição (Silveira Ramos), Cajuda mostrou gosto por Pensar ao contrário (Bertrand Gunster), consciente de que também no futebol Não há Soluções, há Caminhos (Vasco Pinto Magalhães). A sua preocupação por perceber Em que pensamos quando pensamos em futebol (Simon Critchley) e Porque fazemos o que fazemos (Jeremy Dean) levou-o a querer aceder a Investigação em Futebol (Estudos Ibéricos, FADEUP) para compreender Como ganhar usando a cabeça (Jorge Silvério). Segredos do Balneário (Rui Pacheco) já os conhecia bem ao liderar jogadores Selvagens e Sentimentais (Javier Marías). Acusado de Pensar com os pés (Gabriel García de Oro) e desejando Virar o Jogo (João Medeiros), ele sabia que O Caminho do Futuro (Jorge Araújo) o obrigava a A Busca da Excelência (Jorge Araújo).

Ao atual presidente do Olhanense, nesta Iª Viagem ao Mundo Louco do Futebol (Rui Silva), aconselho que leve consigo algo para Curar o Jogo (Vítor Frade), repensando posturas e intervenções. Sabemos que muitos estão Por Dentro do Negócio (João Pedro Dias) e afirmam que Se não fosse para ganhar… (A. Pinto Lopes) não estariam aqui. Caro presidente, o que deve dizer a quem não vê Para lá do relvado (Raquel Vaz Pinto), é que o futebol não é um Jogo de Vida ou Morte (Luís Aguilar).

Lembro-o também que Quando a bola não entra (Nelson Nunes) convém ter por perto Emoções Destrutivas e como dominá-las (Daniel Goleman). Não sendo possível, sugira que todos pensem como Humanos (Tom Phillips) e para lá do Minuto 91 (José Correia Alves), aprendam a Liderar como Mandela (Martin Kalungu-Banda). Futebol e Fascismo (Cristóbal Villalobos Salas) já não são aceitáveis neste tempo em que o Eterno Domingo (Ricardo Namora) é apenas uma saudade, com os jogos espalhados ao longo da semana. Se como presidente quiser deixar também um Legado (James Kerr), A Tribo do Futebol (Desmond Morris) agradece, num tempo em que qualquer Jogada Ilegal (Luís Aguilar) já não se aceita de ânimo leve.

Acredito que hoje dirá: O Futebol com que sonhei (Luís Freitas Lobo) não se coaduna com Os Senhores do Futebol (Paulo Catarro), protagonistas n’A Orgia do Poder (Pippo Russo) que só pensam - Quem vamos queimar hoje? (Nelson Nunes).

Saído como o Jorge Braz da aldeia para o mundo (Miguel Henriques), Manuel Cajuda é mais uma Estrela Solitária (Ruy Castro) perdida neste Planeta do Futebol (Luís Freitas Lobo). 

Nesta apresentação do seu livro, ainda lhe notei uma paixão pela modalidade, a qual será, para si, (e)ternamente O Jogo Infinito (Simon Sinek).

Ps. Presidente C’ajuda: continue a (querer) ler. O futebol agradece.


 

Carlos Mangas

Carlos Mangas

19 dezembro 2025