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É o Diário do Minho uma “entidade de reconhecido prestígio”?

Pergunta necessária, pois existe quem, para espanto de muito boa gente, julgue que “não”, incluindo fins Académicos, Universais! Vejamos: será que um texto editado e publicado – 8.500 papel, digital e 127 mil seguidores no site - no Diário do Minho pode “ajudar o apoio ao ensino”? Seja qual for o grau de ensino incluindo o ensino superior universitário e politécnico? Para nós, não restam quaisquer dúvidas que um texto (técnico-jurídico e/ou científico, é só e apenas destes textos que estamos a falar!) editado e publicado no DM pode, como é evidente, do ponto de vista teórico e prático, ajudar o apoio ao ensino superior universitário e/ou politécnico. Aliás é o ensino superior politécnico que supostamente deve ter uma maior ligação à prática económica, social, política e cultural da Polis. Embora esse papel caiba também à Universidade e às Escolas Primárias, Secundárias e Profissionais. Bem como ajudar ao apoio a outros graus de ensino. Recorde-se que de acordo com as leis de imprensa, o DM tem os crivos do Conselho de Redacção e Direcção, da Gestão, etc.; assim como Depósito Legal nr. 1688/83 e Registo de Imprensa nr. 100308! O DM é História da Liberdade de Expressão em Portugal: art. 37º da Constituição. Tema escolhido para a comemoração oficial dos 50 anos do 25 de Abril. Tem informação geral, expansão regional e inspiração Cristã. Mas aberto ao pluralismo, com limites naturais que decorrem da Doutrina da Igreja. É propriedade de empresa ligada à Igreja Católica e sede em Braga. Tem por origem em 1911 o jornal Echos do Minho de Pereira Vilela. O qual foi preso pelo Governo por estar alegadamente envolvido no golpe militar da “Monarquia do Norte”. Jornal assassinado em Fevereiro de 1919. O corajoso Pereira Vilela já “solto” funda então o Diário do Minho em 15/4/1919. Nesta altura, como noutras, a imprensa Católica em Portugal foi perseguida pelos “Governos da I República”, os quais, por ideologia persecutória, procuravam combater as influências religiosas na vida social. Afonso Costa, de Seia, maçon e professor de Ciências Criminais na nossa Alma Mater, a Universidade de Coimbra, instiga o Regicídio de 1/2/1908 na Assembleia Nacional: o “mata-frades”. No meio destas perseguições, o DM afirma-se no rigor da informação com origem em fontes confiáveis. A orientação religiosa do DM não impediu que fosse dirigido por leigos até 1931. Já entre 1931/33, a direcção pertenceu ao Cónego Avelino Gonçalves. Nesta altura um “jornal Católico total”. Já entre 1933/41 era director o Padre Magalhães Costa, preso político da I República. E o Redactor Afonso Palmeira. Em 31/8/2010 o Público noticia que iria iniciar funções depois do Cónego José Miguel Pereira, o 1º leigo desde 1931: Luís Silva Pereira, professor de Literatura Portuguesa e História de Arte da Universidade Católica. A propriedade permaneceu no Seminário Conciliar e na Diocese de Braga. Já aqui se falava da “falta de sacerdotes”, opinião sufragada pelo Sr. Arcebispo D. Jorge Ortiga. A vertente eclesial católica permanece, todavia. O DM é um dos “jornais regionais” mais lidos em Portugal e o mais lido no Minho. Por volta de 2010, Fernando Alves Monteiro, administrador do DM, seria inclusive eleito Presidente da Associação da Imprensa Diária. Em Abril de 2017, face aos estragos irremediáveis causados pelas cheias de 2011, foram inauguradas as novas instalações da Oficina Gráfica do DM, ao melhor nível do desenvolvimento técnico mundial. Por volta de 2019/20, eram aqui impressos mais de uma centena de jornais regionais, além de livros, revistas e outras publicações! Em 2018 surge a Revista Minha, em 2021 a DM TV, juntando-se à Livraria DM de 1979. São inúmeros os professores universitários e personalidades públicas dos mais variados saberes que aqui publicam. Incluindo o Prémio Camões de 2020, Prof. Aguiar e Silva. Eu próprio já publiquei em Portugal, Espanha e Brasil, 5 livros destas crónicas numa das maiores editoras científicas do mundo, a Juruá. Naturalmente, estes textos que já deram origem a entrevistas na média nacional ou 3 programas na CMTV, não tiram o lugar a textos em Revistas Científicas de 1.a linha. São complementares. Mas, em muitos casos, chegam a mais pessoas e são mais lidos pelos alunos, do que os próprios manuais e lições. SIM, o Diário do Minho, é uma entidade de reconhecido prestígio com mais de 126 anos de História!



 

Gonçalo S. de Mello Bandeira

Gonçalo S. de Mello Bandeira

25 julho 2025