A democracia é fundamental para a estabilidade do país, embora com direito à liberdade ideológica e de expressão, mas com regras e valores, sendo fundamental os membros dos arcos partidários atuarem com sentido ético e construtivo para permitir o desenvolvimento das diversas áreas da economia, com objetivos reais e criadores de mais valias para a população portuguesa. É fundamental viver com mais harmonia, serenidade e sentido solidário, para uma vida familiar mais sustentável e direcionada para dar enfase à classe média e atenuar a pobreza que se vai acentuando, podendo esta atingir dois milhões de cidadãos.
No momento atual eleitoral os políticos deviam centrar as suas campanhas, apresentando ao país as melhores soluções, com sentido objetivo e pragmático, tendo em vista criar potencialidades de inclusão e sustentabilidade e apresentar programas devidamente planeados, para implementação, tendo em vista o todo, e depois, independentemente do arco partidário vencedor, dar seguimento aos projetos conducentes a melhorar diversas situações, com reestruturação de serviços a curto, médio e longo prazo.
Atualmente, o país debate-se com problemas que merecem ser analisados, com reestruturação para diversos setores, tais como a saúde, a justiça, a segurança, a imigração e a contenção da emigração, mediante ajustamento adequado aos salários dos profissionais, que acarretam um custo elevado na sua formação e depois emigram ao encontro de melhores soluções para a sua vida, profissional e familiar.
É fundamental apresentar projetos para a descentralização, para a ocupação do interior, cativando cidadãos nacionais e imigrantes, que seriam o fulcro do desenvolvimento económico local, contribuindo para o aumento da natalidade, com incentivos motivadores e apoio ao investimento familiar a empresarial, com critérios de fixação bem definidos, pois Portugal não é só Lisboa e Porto.
Por outro lado, no campo legislativo parlamentar, seria importante haver alterações no ato eleitoral, pois o interior é esquecido, sem representantes no Parlamento e muitas vezes são eleitos deputados de fora da região, que não conhecem os problemas e não abordam o fundamental para a correção das desigualdades para o desenvolvimento empresarial adaptado ao presente e com projeção para o futuro, impedindo o crescimento económico e a criação de melhores condições habitacionais, funcionais e salariais para os cidadãos e sua fixação.
Infelizmente, grande parte das campanhas eleitorais fixaram-se em ataques pessoais, cujos assuntos são intrínsecos à maioria dos políticos, que, à semelhança do pós 25 de abril de 1974, eram grandes gestores, muitos empresários e tornaram-se pessoas de referência, deixando marcas notáveis na democracia portuguesa e tive o privilégio de conviver com muitos deles nas décadas de setenta a noventa.
A política pode ser uma carreira desde jovem, com princípios e valores e atingindo progressivamente a idoneidade para a sua missão partidária e ideológica, mas também têm direito a este caminho cidadãos que seguem este percurso mais tarde e que antes exerceram as suas funções em diversas áreas, criando o seu património para uma vida futura e com condições para a sua família viver com dignidade e ser o cerne da sua continuidade na vida política.
Um fator importante é a cidadania dos comunicadores sociais, dos comentadores bem preparados e formados para analisarem as situações prementes para o país ou perspetivarem as do futuro, não recorrendo a assuntos que criam instabilidade e indecisão para os eleitores, pois é necessário haver debates assertivos e pragmáticos, com sentido objetivo e ético, não se centrando em assuntos pessoais, com tempos excessivos e que só servem para destruir a democracia, implantada com grande coragem, resiliência e riscos de diversa ordem e que ao tempo foi conseguido com cidadãos marcantes para a história de Portugal.
Por outro lado, certa comunicação social tem-se dedicado a escrutinar a vida dos políticos, como no passado, no período do fascismo, com consequências gravosas para o país, pois pode contribuir para a destruição da democracia e dar força novamente a uma direita avassaladora, com consequências imprevisíveis, ao mesmo tempo que desmotiva os cidadãos de referência, com um percurso exemplar, a enveredarem pelo percurso político, colocando acima de tudo o país, a valorização profissional, a criação de riqueza, para diminuir a pobreza e tornar Portugal outra vez um país incontornável na visão do presente para o futuro, com sentido inovador e criando melhores condições de vida para a população portuguesa.