O Papa Franscisco pediu ontem que não se margilize as pessoas mais velhas e se promova o diálogo entre gerações, quando presidia à celebração do III Dia Mundial dos Avós e Idosos, no Vaticano.
«Não marginalizemos os mais velhos. Estejamos atentos para que as nossas cidades sobrelotadas não se tornem concentrados de solidão; não aconteça que a política, chamada a atender às necessidades dos mais frágeis, se esqueça precisamente dos idosos, deixando que o mercado os relegue como resíduos não rentáveis», alertou Francisco.
Partindo da parábola do joio, recordada nas Leituras do dia, o Papa defendeu que os mais novos devem crescer juntos com os mais velhos e desafiou a colocar os avós na agenda das prioridades.
«Precisamos de uma nova aliança entre jovens e idosos, para que a seivade quem tem uma longa experiência de vida regue os rebentos de esperança de quem está a crescer. Neste fecundo intercâmbio, aprendemos a beleza da vida, construímos uma sociedade fraterna», sublinhou na celebração, que juntou cerca de seis pessoas na Basílica de S. Pedro, entre elas muitos idosos italianos.
A missa ligou simbolicamente o Dia Mundial dos Avós e Idosos à JMJ Lisboa 2023, com a entrega da “Cruz do Peregrino”, tendo o Papa pedido aos jovens que se lembrem dos mais velhos e promovam uma “aliança” entre gerações.
O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, que este ano teve como tema “A sua misericórdia se estende de geração em geração”, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1, 50), foi instituído pelo Papa Francisco em 2021, e é celebrado anualmente pela Igreja no quarto domingo de julho.