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Estudante do IPCA integra equipa de trabalho em robot para travar atiradores em tiroteios

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Publicado em 01 de agosto de 2022, às 14:36

Grande vantagem do robot é “ganhar tempo” até à chegada da polícia.

Um estudante do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) integra uma equipa internacional que está a trabalhar na criação de um robot não letal para travar a atuação do atirador em situações de tiroteios. A grande vantagem do robot é, segundo revela a a organização da European Innovation Academy (EIA), academia de empreendedorismo digital que decorre no Porto até sexta-feira, “ganhar tempo” até à chegada da polícia.

Endryl Nery dos Santos está a desenvolver o projeto em parceria com alunos da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, entre outros, graças a uma bolsa da Fundação Santander que ganhou para participar na EIA Porto 2022“O nosso projeto pretende ajudar a resolver o problema dos tiroteios, um problema muito grave nos EUA, com tendência para aumentar. A resposta da polícia quando acontece este tipo de situação é, em média, de 18 minutos. Isso significa que quando as autoridades chegam ao local o tiroteio já terminou”, explica o estudante do IPCA. O robot não letal que está a ser criado serve então para travar o atirador durante esse tempo, através de munições como gás pimenta, granadas de fumo e de luz.

“Esta ideia partiu de um engenheiro da UC Berkeley que faz parte da nossa equipa”, refere Endryl Santos. No entanto, o investimento apresentava-se inicialmente como um entrave. "Só para fazer um robot calculamos que custará, em média, 65 mil dólares. Mas depois de fazermos umas pesquisas de mercado penso que temos a oportunidade de nos tornarmos uma empresa a sério. Em termos de modelo de negócio, pensamos oferecer anualmente um serviço pago à nossa empresa, que irá fazer a gestão do robot e da manutenção. Vamos funcionar como uma empresa de segurança privada", conta o estudante.Nesta fase, existe já um protótipo do robot desenhado, estando também definidas as estratégias de mercado.


Autor: Redação/Lusa