A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) manifesta a sua posição relativamente ao impacto das recentes decisões políticas nos Estados Unidos, estabelecendo um paralelismo com a realidade económica europeia.
Relativamente às medidas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a AEMinho considera essencial que a Europa, bem como as empresas europeias e portuguesas, adotem uma abordagem ponderada e estratégica.
«É fundamental evitar posturas derrotistas e, sempre que possível, avaliar alternativas que permitam mitigar eventuais impactos negativos. Caso as medidas protecionistas sejam implementadas na escala anunciada, o tecido empresarial minhoto e português deverá demonstrar a resiliência e inteligência estratégica que historicamente o caracterizam, identificando soluções para ultrapassar os desafios impostos», esclarece o presidente da AEMinho, Ramiro Brito, revelando que uma das possíveis estratégias para enfrentar a aplicação de taxas sobre transações provenientes de empresas europeias e portuguesas poderá passar pelo incentivo à criação de empresas de direito americano.
Por outro lado, a atual abordagem europeia à gestão do seu ecossistema empresarial levanta desafios significativos.
«A excessiva burocracia e a rigidez dos processos administrativos impõem obstáculos consideráveis à atividade económica, tanto dentro do espaço europeu como no comércio externo. Esta problemática será apresentada e debatida numa iniciativa promovida pela AEMinho, que terá lugar no Parlamento Europeu, em Bruxelas, a 9 de abril, contando com a participação de membros da Comissão Europeia», afirma Ramiro Brito, acrescentando que o acesso a fundos europeus continua a ser «processo excessivamente burocrático e ineficiente, agravado por uma política de inovação pouco estimulante»