O ano de 2025 promete ser um ano positivo para a União de Freguesias de S. Lázaro e S. João do Souto, que vai gerir, um orçamento global de 539.232,24 euros, com destaque para as receita das transferências do Orçamento de Estado, que têm uma representatividade de 50,6% e para os acordos de execução e interadministrativos com o Município com 29,6%, do valor global da receita.
Em entrevista ao Diário do Minho o presidente da União de Freguesias de S. Lázaro e S. João do Souto, Miguel Pires, esclareceu que esta é ainda uma parte do orçamento, uma vez que a este será acrescentado o saldo de gerência de 2024, depois de aprovado na próxima reunião do executivo.
«Procuramos, em primeiro lugar, salvaguardar aquilo que são despesas fixas e permanentes da Junta de Freguesia, nomeadamente remunerações e rubricas de investimento», esclareceu.
Este orçamento será aplicado em diversas áreas estruturantes, com destaque para investimento em projetos, obras e eventos, que estruturem alguns serviços públicos importantes para a vida das pessoas, assim como, o desenvolvimento de políticas que incluam em especial a Educação, Cultura e o Ambiente.
Apoio às famílias
O desenvolvimento social e o apoio às famílias voltam a assumir um papel determinante no Orçamento da União de Freguesias, reafirmando o apoio social como um dos eixos estratégicos da atividade desta Junta de Freguesia durante o ano de 2025. Esta dimensão será assegurada, em parte, através da articulação das instituições que operam neste setor.
O Gabinete de Ação Social dará particular ênfase a esta área de intervenção, para o que contará, como até aqui, com as parcerias do Banco Alimentar Contra a Fome de Braga, Conferências Vicentinas (S. José de S. Lázaro, S. Adrião e S. João do Souto), Misericórdia de Braga, Centros Sociais, da CVP, Cáritas, Município de Braga, as instituições que compõem a Rede de Emergência Alimentar, entre outras.
«Em 2005 pretendemos continuar a trabalhar para aproximar as instituições e fomentar o trabalho em rede em complementaridade e menos em concorrência, com o desperdício de recursos consequente», afirmou, acrescentando «o grande objetivo é chegar a mais famílias da freguesia e de forma mais digna e efetiva».
Segundo Miguel Pires a estratégia passará pela valorização das instituições locais e do associativismo, dando continuidade às “Conversas de Bairro” e incentivando esta consulta às associações de moradores e a ligação com o conselho consultivo das associações, estrutura criada durante o ano de 2024, que é constituída por representantes das associações.
Obras no edifício Pé Alado vão obrigar a transição temporária para instalações da Junta de Freguesia de S. João do Souto
Em sequência do recente acordo firmado entre o Município e a Arquidiocese de Braga, que assentiram quanto à transação imediata dos edifícios do Pé Alado e do antigo Cinema S. Geraldo, por um valor global de 1.4 milhões de euros, a União de Freguesias de S. Lázaro e S. João do Souto será temporariamente “desalojada” para a realização de obras.
Os projetos de reabilitação previstos para ambos os edifícios, vão decorrer de forma integrada, criando condições para a criação do Media Arts Center e para a qualificação plena das instalações disponibilizadas à União de Freguesias de São Lázaro e São João de Souto, a concluir até 2026.
Segundo Miguel Pires o plano prevê que, durante o período da intervenção, que não deverá ser inferior dois anos, a União de Freguesias transite oficialmente para o edifício da Junta de Freguesia de S. João do Souto, situado na Rua de S. João, junto à Sé de Braga.
Aluguer de salas satélite
Entretanto, e face à reduzida dimensão das instalações, a União de Freguesias já procedeu ao aluguer de um espaço próximo, onde funcionarão algumas salas satélite onde serão ministrados alguns dos principais serviços da autarquia local, nomeadamente os que implicam atendimento ao público.
«Temos vindo a acompanhar de perto o projeto municipal para o Pé Alado, e também o projeto existente para o antigo Cinema S. Geraldo, e sabemos que serão intervenções de médio a longo prazo, que obrigarão a uma permanência prolongada nas outras instalações», esclareceu Miguel Pires, acrescentando que «os serviços vão, por isso, ter que ser acautelados e salvaguardados dentro destas condições».