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“Dume - Capital Sueva” mobiliza associações e confirma relevância histórica da freguesia

Fotografia Diana Carvalho

Carla Esteves

Jornalista

Publicado em 06 de abril de 2024, às 19:55

Em 2023 Dume recebeu mais de 5 mil visitantes e este ano espera igualar o número.

A freguesia de Dume regressa, este fim de semana, às suas origens suevas, procurando transmitir um retrato fiel do que era “Dume- Capital Sueva” na época em que São Martinho de Dume chega a estas terras para mudar em definitivo o rumo do reino. Na primeira edição, em 2023, foi possível atrair a Dume mais de 5 mil visitantes da iniciativa, sendo o objetivo da organização igualar estes números este ano.

O projeto “Dume Capital Sueva” volta a resultar da vontade de várias entidades dumienses que, mais uma vez, se uniram para valorizar as associações e instituições da freguesia e promover Dume do ponto de vista histórico, reforçando a inquestionável importância que esta freguesia de Braga assumiu para o Reino Suevo, como atestam as ruínas da Basílica Sueva de Dume.

Paula Silva, da organização adiantou que a iniciativa foi organizada pelas seguintes entidades: Associação Cultural e Recreativa de Dume; Arte em Dume; Paróquia de São Martinho de Dume; União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe; Fraternidade de Nuno Álvares; Agrupamento 12 do CNE; Associação de Pais EB1- Dume, Centro Comunitário de Dume e Pais do Jardim de Infância de Dume; Catequese de Dume; Grupo Colombófilo e várias associações que se quiseram unir neste projeto que está a formar tradição.

«Apesar do seu enorme património histórico, Dume não está suficientemente divulgado e nós achamos que os suevos merecem mais», afirmou Paula Silva, esclarecendo que foi precisamente para não deixar esquecer esta parte da História  de Dume e de Braga e o papel que este reino teve na História, que foi preparado um programa de três dias que promete ser fiel à História, num ambiente de festa.

«Foi necessária investigação histórica no que respeita à simbologia, às cores (pois os suevos são muito mais sóbrios que os romanos), procurando apoio junto de quem é mais entendido nesta área e informação junto do Núcleo Museológico de São Martinho de Dume, com o objetivo de que a divulgação seja efetuada com a maior exatidão histórica possível», disse.

“Dume Capital Sueva”  apresenta  uma oferta cultural diversificada, que inclui atuações musicais, dança medieval e representações teatrais com base em textos de autores locais, sempre com o grande objetivo de dar a conhecer Dume e S. Martinho, incluindo a sua atividade pastoral e sociopolítica, os seus tratados morais e a organização territorial tão importante para a consolidação do reino suevo como independente.

Na “Aldeia Sueva” é possível encontrar jogos medievais, teatro, visitas guiadas, palestras, atividades para famílias e zona de alimentação. Em paralelo está disponível a “Feira das Associações”, no Adro da Igreja de Dume, com o objetivo de angariar recursos económicos para as associações.

Romeu Gomes, secretário da União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe, salientou que a autarquia local apoiou a iniciativa desde a primeira hora, e elogiou o trabalho diário que foi desenvolvido pela organização do evento desde o mês de janeiro para proporcionar o melhor aos que visitam o espaço.

«São iniciativas como esta que dinamizam a freguesia, atraindo visitantes, incluindo um grupo que veio da Galiza pelo segundo ano. É importante que Dume continue a dinamizar estes projetos que demonstram que a arte e a cultura nunca deixaram nem deixarão de existir no nosso território», afirmou, considerando que «Dume está na senda do futuro, sem descurar os nossos antepassados».