Voltar a dar voz ao distrito de Braga no Parlamento. É com este objetivo que a CDU pelo Círculo Eleitoral de Braga se candidata às eleições da Assembleia da República, agendadas para o dia 10 de março.
Considerando que os deputados eleitos pelo distrito na última legislatura podia ter feito «infinitamente mais» do que fizeram, a cabeça de lista do partido não duvida que a CDU faz falta no Parlamento para lutar por soluções para os problemas da região.
«A nossa missão é voltar a eleger por Braga. Vimos a falta que fez quando deixamos de ter os dois últimos eleitos que tivemos aqui pelo distrito da CDU - Agostinho Lopes e Carla Cruz - e que tiveram um trabalho muito distintivo daqueles que estão a fazer os 19 deputados neste momento a representar Braga na Assembleia da República, que defendem umas coisas aqui e depois votam de forma diferente em Lisboa. Nós pretendemos exatamente o contrário: o que defendemos aqui é o que iremos levar para Lisboa», disse Sandra Cardoso, hoje, à margem da entrega da lista de candidatos à legislativas, no Tribunal de Braga.
O ato decorreu no primeiro dia em que era possível fazê-lo e, segundo a candidata, não foi por acaso. «O facto de estarmos a entregar a lista no primeiro dia mostra qual é a nossa missão e a nossa capacidade de organização e competência fica aqui demonstrada. Estamos aqui com muita vontade de ir para esta batalha para recuperarmos os eleitos da CDU», referiu, mostrando-se otimista nos resultados eleitorais tendo em conta o contacto que já foi feito junto da população. «Apesar de ainda não estarmos em campanha, já fizemos muitos quilómetros e ouvimos as pessoas a dizerem que a CDU faz falta, mesmo pessoas que não são do partido dizem que fazemos falta, como se viu nestes dois anos de maioria absoluta», vincou.
Por entre os diversos problemas que a região enfrenta, Sandra Cardoso destacou a ligação ferroviária entre Braga e Guimarães, que «nunca mais sai do papel», assim como o reforço do Hospital de Braga - estando “na gaveta” a criação de uma ala cirúrgica - e a construção de um novo hospital em Barcelos. O passe intermodal e a crise na habitação foram outras das preocupações referidas.