A Associação Empresarial do Minho(AEMinho) afirmou, ontem, ter assistido «com preocupação» à situação política resultante dos acontecimentos do dia de ontem.
«A credibilidade das instituições e dos detentores de cargos públicos é essencial para o sistema económico do país, afetando diretamente a sua conjuntura e credibilidade nacional e internacional», afirma o presidente da AEMinho em comunicado enviado às redações.
Ricardo Costa vinca que «num momento tão importante como que vivemos, com um quadro comunitário a iniciar, com um PRR em execução e com os necessários investimentos estratégicos a serem realizados, o país necessita de uma solução que possa, antes demais, viabilizar o funcionamento do mesmo» «Impõe-se, por isso, que pelo menos em duas dimensões, justiça e economia, as soluções encontradas sejam céleres e de compromisso. Por um lado, é cabal entendermos a verdade, a extensão e alcance dos potenciais crimes neste processo investigados», afimou.
O presidente da AEMinho acrescenta que «por outro, é essencial que seja encontrada uma solução económica, de compromisso orçamental, que não estagne mais o desenvolvimento e implementação de políticas económicas em curso, que não prejudique a implementação, já tardia, dos programas associados ao Portugal 2030 ou ao PRR. Independentemente da conjuntura, o país não pode parar, não agora, não neste contexto».
Admitindo que assoluções políticas não são do âmbito da AEMinho, Ricardo Costa pediu apenas «compromisso, estabilidade e exequibilidade das mesmas». «Não somos atores da cena política, mas representamos as empresas, constituídas por empresários e trabalhadores que não podem ser prejudicados pelo cenário político agora surgido»
Termina com um apelo aos atores políticos, pedindo-lhes que «tenham na sua mente a responsabilidade que têm em cima dos ombros, o alcance das suas ações e que sejam parte de uma solução que tenha como móbil único o melhor para Portugal» «Acreditamos, naturalmente, que as instituições funcionarão e uma solução será encontrada. Portugal não pode esperar», conclui.