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Braga recebe 18 “artistas anónimos” no sétimo encontro dos tocadores de rua

Braga recebe 18 “artistas anónimos” no sétimo encontro dos tocadores de rua
Fotografia João Pedro Quesado

Publicado em 23 de maio de 2023, às 17:52

Os artistas são apoiados pela Fórum Bracarense, mas vão poder recolher dinheiro de quem quiser contribuir durante as atuações, como é típico na música de rua.

São 18 os “artistas anónimos” que vão fazer ecoar música pelas ruas de Braga a 27 e 28 de maio, dias do 7.º Encontro de Tocadores de Rua. As 12 apresentações contam com artistas portugueses, brasileiros, ucranianos, ingleses, franceses e ainda venezuelanos.

O evento tem lugar entre as 10h e as 21 horas de sábado e domingo em vários locais do centro da cidade de Braga, como A Brasileira, o Café Vianna, o Mercado Municipal, o Arco da Porta Nova e junto à Sé Catedral. Os 18 artistas vão estar em rotação por todos os locais, até para evitar privilegiar alguém por estar num local “mais turístico”, explicou a organização.

Os artistas são apoiados pela Fórum Bracarense, mas vão poder recolher dinheiro de quem quiser contribuir durante as atuações, como é típico na música de rua.

De acordo com José Manuel Ferreira, a Fórum Bracarense optou por convidar artistas de outros países – que já vivem em Portugal – para ajudar a celebrar o 25.ª aniversário da associação que organiza o evento.

O fundador e presidente da Fórum Bracarense declara como “objetivo essencial” a criação de uma “dinâmica musical” em Braga, assim como a “divulgação de talentos desconhecidos” e de “tocadores de rua anónimos”, pessoas que qualifica como “bastante interessantes”.

O evento também é “uma mais-valia para o comércio”, segundo Rui Marques. O diretor-geral da Associação Empresarial de Braga considera “interessante” aliar a divulgação da música e de “artistas anónimos” a uma área pedonal “segura” e “confortável” onde o comércio local tem uma presença forte.

Para o representante dos empresários bracarenses, a música, “uma terapia e inspiração para as pessoas”, põe estas bem dispostas e com “um estado de espírito até mais predisposto à compra”, já que os artistas conseguem “recriar uma energia vibrante e positiva nas cidades”.

Já a autarquia, representada por Ana Ferreira, chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal, realça o aspecto internacional do encontro, ligando-o aos imigrantes que habitam em Braga e representam, diz, 15% da população. Esse número, afirma, reflete-se “em toda a dinâmica cultural, económica e turística” da cidade.

A responsável autárquica realçou ainda o papel de movimentos cívicos como o Fórum Bracarense, “que contribuem para a dinâmica” de Braga, e destacou a coincidência com as celebrações do centenário do Corpo Nacional de Escutas, que também decorrem em Braga durante o fim de semana.