São 18 os “artistas anónimos” que vão fazer ecoar música pelas ruas de Braga a 27 e 28 de maio, dias do 7.º Encontro de Tocadores de Rua. As 12 apresentações contam com artistas portugueses, brasileiros, ucranianos, ingleses, franceses e ainda venezuelanos.
O evento tem lugar entre as 10h e as 21 horas de sábado e domingo em vários locais do centro da cidade de Braga, como A Brasileira, o Café Vianna, o Mercado Municipal, o Arco da Porta Nova e junto à Sé Catedral. Os 18 artistas vão estar em rotação por todos os locais, até para evitar privilegiar alguém por estar num local “mais turístico”, explicou a organização.
Os artistas são apoiados pela Fórum Bracarense, mas vão poder recolher dinheiro de quem quiser contribuir durante as atuações, como é típico na música de rua.
De acordo com José Manuel Ferreira, a Fórum Bracarense optou por convidar artistas de outros países – que já vivem em Portugal – para ajudar a celebrar o 25.ª aniversário da associação que organiza o evento.
O fundador e presidente da Fórum Bracarense declara como “objetivo essencial” a criação de uma “dinâmica musical” em Braga, assim como a “divulgação de talentos desconhecidos” e de “tocadores de rua anónimos”, pessoas que qualifica como “bastante interessantes”.
O evento também é “uma mais-valia para o comércio”, segundo Rui Marques. O diretor-geral da Associação Empresarial de Braga considera “interessante” aliar a divulgação da música e de “artistas anónimos” a uma área pedonal “segura” e “confortável” onde o comércio local tem uma presença forte.
Para o representante dos empresários bracarenses, a música, “uma terapia e inspiração para as pessoas”, põe estas bem dispostas e com “um estado de espírito até mais predisposto à compra”, já que os artistas conseguem “recriar uma energia vibrante e positiva nas cidades”.
Já a autarquia, representada por Ana Ferreira, chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal, realça o aspecto internacional do encontro, ligando-o aos imigrantes que habitam em Braga e representam, diz, 15% da população. Esse número, afirma, reflete-se “em toda a dinâmica cultural, económica e turística” da cidade.
A responsável autárquica realçou ainda o papel de movimentos cívicos como o Fórum Bracarense, “que contribuem para a dinâmica” de Braga, e destacou a coincidência com as celebrações do centenário do Corpo Nacional de Escutas, que também decorrem em Braga durante o fim de semana.