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Deus, a guerra e a natureza

O homem, além de ter de morrer por doenças, por velhice ou pela implacável Lei da Natureza, tem vindo a criar outras formas de morrer.

De modo que, o homem criou morrer ainda por acidentes aéreos, terrestres, marítimos ou por guerras. De todas as formas de morrer que tem o homem, a mais ignóbil, a mais revoltante e, a morte que Deus mais deve rejeitar - creio bem - é a morte causada pelas balas frias de quentes armas-de-guerra, disparadas de uns contra outros.

Segundo o que se sabe – e ainda ninguém provou nada contra o “que se sabe” – Deus criou o homem do pó da terra e deu-lhe o sopro da vida. Deu-lhe a Natureza onde deveria ser feliz, deu-lhe regras (que tem ostracizado) e prometeu-lhe vida eterna (na Sua Luz) após o término da vida terrena, segunda afirma a Bíblia cristã.

É da história de todos os tempos, que o homem sempre desrespeitou Deus. Egoísmos, ganâncias, saques, mortes-não-justificadas, sêde de poder e recalcamento dos fragilizados, dos sem nada e sem ninguém.

Sempre existiram homens que nascendo por vontade de Deus e da Natureza, se tornaram maus: indesejados, repelentes, dispensados, porque indignos de serem tomados como homens entre os Homens.

O Diabo, criatura de Deus, invejoso pela existência do Filho-de-Deus, sempre foi inimigo de Deus. Sempre pretendeu sobrepor-se a Deus e como não é possível, tenta retirar da presença de Deus todos os homens que puder. Daí, sabermos de Caim e de todos os Cains desde o início da Humanidade.

E se podemos dizer que há Cains em qualquer canto do mundo; se podemos dizer que tantos deles estão adormecidos ou encostados por desgraça, no conforto do Diabo, podemos dizer hoje, neste século XXI, neste Novembro de 2025, que o último Caim em acção - que procura dizimar os seres iguais a si mesmo - é Putin da Rússia, o homem que tem provado já viver no “conforto diabolizado”, pela destruição que tem feito à Ucrânia, ao seu povo.

Na verdade, a China e a Rússia não admitem territórios independentes à sua volta e faz-se, nesta hora, a guerra na Ucrânia para ser o máximo possível anexada por Moscovo. Pelo que, esta potência militar, goza, para já, da não condenação da China e da Índia. Estão a semear o caos – bem como os israelitas semeiam na Palestina – a destruição, a morte e a violência física e psíquica desses povos.

Destruição e caos, também a tem feito a América de Trump: que deixou de ser quem era como líder mundial da economia, da defesa própria e de outros, nas liberdades do seu povo e na justiça social. 

A América era o país onde qualquer pessoa gostava de lá ter nascido. Trump, abalroa tudo e todos: com guerras comerciais, repatriamentos, orientações erráticas e por narcisismo evidente que testemunha e pratica. 

E Deus, desde sempre tem vindo a avisar o homem dos maus caminhos que por tantas vezes opta. Os ensinamentos de Abraão, Dilúvio, a luta de Moisés, os ensinamentos, mensagens e conselhos do Nazareno e tantos outros avisos, têm sido transmitidos à Humanidade! Só que o homem-deus, o rasteiro-deus, o dispensável-deus, não pensa, não ouve, não vê e, o que é pior, é que não sente Deus: nem em si e muito menos O sente nos outros.

Conta-se que um homem, que apenas pensava em si mesmo e que podia actuar segundo os seus sabores, encontrou-se perante um tufão: 

…que as águas subiam e ele lutava contra a implacável Natureza. Então Deus mandou-lhe um tronco de uma árvore para se salvar e só confiou em si – recusou-o. Mandou-lhe um piloto com uma moto d’agua e recusou; finalmente mandou-lhe um pescador com o barco e recusou também. Pelo que, morreu afogado. 

Este homem, ao ver-se depois perante Deus, queixou-se-Lhe: “Não me salvaste do tufão” - disse-Lhe. O afogado não sentiu que Deus lhe mandou um tronco d’arvore, uma moto d’água e um barco.

Os tufões na vida da Humanidade acontecem e mais tufões existem porque o homem os quer, prepara e os põe em prática. 

Deus fala, apresenta-Se e quer que o homem viva no Edem por Ele criado. Pode-se ouvir e sentir Deus através das teclas duma máquina de escrever, nas teclas de um computador ou entre os tachos da cozinha. 

Portanto, os povos podem morrer indevidamente por culpa dos próprios homens, mas os Cains ou Putin’s deste mundo que vivem no conforto do Diabo, certezas podem ter: Deus é misericordioso, mas justo também.

Artur Soares

Artur Soares

21 novembro 2025