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Quem armadilhou a terceira guerra mundial?

O mundo está perigoso, isto é, quer dizer que podemos estar à beira de uma guerra mundial. Não bastavam as guerras entre a Ucrânia e a Rússia, Israel/Gaza e Irão. Os Estados Unidos da América ao bombardear as instalações onde se fazia o enriquecimento do urânio, no pressuposto de fabricação da bomba atómica, internacionalizou esta guerra regional, tornando-a numa guerra geral. Podemos pensar que, mais dia menos dia, a Rússia tome por suas as dores do Irão e teremos as duas maiores potências atómicas mundiais em conflito aberto. Para já o “namoro” entre Trump e Putin, pode suster o confronto, mas tudo fica em cima do fio da navalha. Torna-se curioso que o sr. Trump, medíocre discípulo de Putin, venha agora propor tréguas entre Israel e o Irão, quando, contra tudo e contra todos, foram os Estados Unidos da América, pela voz de Trump, quem acendeu o rastilho da terceira guerra mundial. Vamo-nos acostumando às erráticas trajetórias de Trump, mas a verdade é que ficará na história como o homem que acendeu o rastilho da guerra. Putin é um visionário tardio, mas Trump é um presidente tonto. Apesar disso torna-se em número um mundial e Putin não lhe agrada a subalternidade. Daí poder vir a dar-se um choque de egos com divórcio litigiosos. Tudo o que Trump pensa é errado. Fez o que fez, isto é, bombardeou as instalações iranianas onde, segundo se diz, se enriquecia o urânio para fabrico da bomba atómica sem dizer nada aos aliados, sem autorização do congresso, enquanto se procediam a conversas diplomáticas sobre o assunto, apenas e só porque pensou o Irão não ter direito a ter a bomba atómica. Penso que jogou bem, mas, como de costume, agiu mal. É um verdadeiro “anjo da morte”. Agiu à cowboy do velho Farwest, mas falta-lhe o talento para lançar o laço da paz. Estes impulsos trazem muito más consequências porque, implicitamente, autorizam outros países a fazerem o mesmo: a saírem para a luta em defesa dos seus interesses. Onde se viu um Nobel da Paz que faz, a seu talante, a guerra que lhe apetece? Não será com bombardeamentos que chegará a ser Nobel da Paz como tanto anseia. Não o merece.

Paulo Fafe

Paulo Fafe

30 junho 2025