O Papa associou-se este sábado, dia 8 de março, à peregrinação do Movimento Pró-Vida italiano com uma mensagem, na qual elogia um projeto que «coloca a dignidade da pessoa no centro».
«Conheço o valor do serviço que prestam à Igreja e à sociedade. Juntamente com a solidariedade concreta, vivida com o estilo de proximidade e de proximidade às mães em dificuldade por uma gravidez difícil ou inesperada, vós promoveis a cultura da vida em sentido lato. E procuram fazê-lo com franqueza, amor e tenacidade, mantendo a verdade intimamente unida à caridade para com todos», escreve Francisco, na mensagem que foi lida pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, na celebração que presidiu ontem, na Basílica de São Pedro.
A peregrinação do Movimento Pró-Vida italiano a Roma realiza-se pelo seu 50º aniversário, «uma ocasião importante», e, segundo Francisco, neste meio século, «infelizmente a cultura do descarte espalhou-se, mesmo que «alguns preconceitos ideológicos tenham diminuído» e a sensibilidade para o cuidado da criação «tenha aumentado entre os jovens». Continua a ser necessário, e mais do que nunca, que as pessoas de todas as idades se dediquem concretamente ao serviço da vida humana, sobretudo quando ela é mais frágil e vulnerável; porque é sagrada, criada por Deus para um destino grande e belo; e porque uma sociedade justa não se constrói eliminando os nascituros indesejados, os idosos que já não são autónomos ou os doentes incuráveis», desenvolveu o Papa, na mensagem com data de 5 de março, assinada no Hospital Gemelli.
Francisco destaca que o compromisso dos peregrinos do Movimento Pró-Vida, em sintonia com o de toda a Igreja, «indica um projeto diferente, que coloca a dignidade da pessoa no centro e favorece os mais frágeis».
Mensagem apela à valorização das mulheres
O Papa pediu também, na mensagem que foi lida este sábado, Dia Internacional da Mulher, na Basílica de São Pedro, no sentido de o Movimento Pró-Vida italiano continuar a apostar nas mulheres. «Que continue a apostar nas mulheres, na sua capacidade de hospitalidade, generosidade e coragem», salientando que as mulheres «devem poder contar com o apoio de toda a comunidade civil e eclesial», enquanto os Centros de Ajuda à Vida podem tornar-se «um ponto de referência para todos».
Recorde-se que no seu Pontificado, Francisco tem nomeado muitas mulheres para altos cargos na Cúria, em Dicastérios importantes.