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Papa abraça israelita e palestiniano que perderam familiares no conflito

Papa abraça israelita e palestiniano que perderam familiares no conflito
Fotografia EMANUELE PENNACCHIO/LUSA/EPA

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 18 de maio de 2024, às 14:55

O Papa realça que este abraço “é um projeto de futuro”.

O Papa Francisco abraçou este sábado, durante um ato na cidade italiana de Verona, um israelita e um palestiniano que perderam familiares no conflito em curso no Médio Oriente, que classificou como uma "derrota histórica".

O principal responsável da Igreja Católica juntou este sábado cerca de 12.500 pessoas numa iniciativa pela paz realizada no anfiteatro romano de Verona, no norte de Itália. Francisco abordou, entre outros assuntos, a situação na Faixa de Gaza e o conflito entre Israel e a Palestina, reacendido após o ataque de islamitas do Hamas em solo do Estado hebraico, a 07 de outubro.

O Papa destacou os testemunhos do israelita Maoz Inon, que perdeu os pais, assassinados pelo Hamas, e do palestiniano Aziz Sarah, cujo irmão foi morto pelas tropas israelitas. Ambos falaram diante de Francisco e declararam ter-se unido "na dor e no sofrimento", o que levou a assistência a aplaudi-los de pé, incluindo o próprio Papa, que os abraçou de seguida. 

"Creio que não há palavras perante o sofrimento destes dois irmãos, que representa o sofrimento de dois povos. Eles tiveram a coragem de se abraçarem”, destacou Francisco, realçando que aquele abraço “é um projeto de futuro”. Pedindo à assistência para rezar em silêncio pela paz, o Papa disse estar “cada vez mais convencido de que o futuro de que a humanidade não está apenas nas mãos dos líderes e das grandes potências, mas também nas mãos dos povos”.

A propósito da visita à prisão de Montorio, também em Verona, o Papa chamou ainda a atenção para o risco de suicídio entre detidos e para a sobrelotação das penitenciárias, em Itália como na Argentina. Sublinhando que a sobrelotação resulta em “tensões e problemas”, Francisco apelou à melhoria da vida nas prisões, perante as cinco centenas de detidos que o ouviam. Francisco tentou ainda animar os presos, sublinhando que “a vida é sempre digna de ser vivida”.