O peregrino que faz o Caminho de Santiago tem 18 a 45 anos, faz a rota a pé, em agosto, movido por motivos religiosos, segundo os dados do Centro de Acolhimento ao Peregrino da Catedral.
Em 2022, os caminhos de Santiago foram percorridos por mais mulheres do que homens, com 230 107 contra 207 398, respetivamente, invertendo a tendência verificada nos dois anos anteriores, de 2021 e 2020, marcados pela pandemia de Covid-19.
Os motivos religiosos associados a razões de outra natureza são os impulsionadores predominantes de grande parte dos peregrinos, embora os não religiosos estejam a ‘ganhar terreno’, passando de 11 807 em 2013 para os 100 508 em 2022. Esta condição, de motivo não religioso para caminhar até Santiago, foi a que mais cresceu na última década, embora a principal causa que move o peregrino continue a ser a religiosa associado a outros (173 363 em 2022) e a apenas religiosa (163 634).
O meio preferencialmente utilizado para chegar a Santiago continua a ser a locomoção a pé, com uma grande diferença para a bicicleta, recurso que tem perdido peregrinos nos últimos 10 anos, de 26 649 em 2013 para 22 796 em 2022.
Para o peregrino poder requerer a ‘Compostela’, uma espécie de certidão comprovativa da realização do caminho, atestada pelos carimbos na credencial, tem que percorrer um mínimo de 100 quilómetros a pé até chegar a Santiago, ou a cavalo, e 200 de bicicleta.
O mês preferido dos peregrinos para percorrer os caminhos de Santiago é agosto – de férias por excelência -, que se destaca ligeiramente de julho e setembro, sendo que maio, junho e outubro estão também entre os principais eleitos.