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Ponte da Barca aprova orçamento de 29,3 ME para 2025 com voto contra da oposição

Ponte da Barca aprova orçamento de 29,3 ME para 2025 com voto contra da oposição
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 22 de novembro de 2024, às 14:42

Os vereadores do PS classificaram de “irrealista e eleitoralista” para justificar a sua rejeição.

A maioria PSD no executivo municipal de Ponte da Barca aprovou o orçamento para 2025, no valor 29.328.240,92 euros, que os vereadores do PS classificaram esta sexta-feira de “irrealista e eleitoralista” para justificar a sua rejeição.

Em comunicado enviado às redações, a Câmara refere que as Grandes Opções do Plano (GOP) e o orçamento para 2025, aprovados na quinta-feira, preveem “a execução do maior plano de investimentos públicos alguma vez realizado por parte do município”. O orçamento para 2025 é superior em cerca de 2,2 milhões de euros face ao do ano em curso, que tem o valor de 27.044.546,74 euros.

Para o presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, trata-se de “um documento que, além de realista, cumpre com a vontade dos barquenses, assente na sua confiança e no compromisso democraticamente assumido com cada um dos munícipes”. “É fundamental que continuemos a trabalhar com realismo e com confiança no projeto que estamos a desenvolver no nosso concelho, mobilizando as forças vivas da nossa comunidade, motivando-a na ambição de fazer mais e melhor por Ponte da Barca”, acrescenta, citado no comunicado.

Em 2025, a taxa de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) é de 0,34%, bem como a bonificação do IMI Familiar, com uma redução fixa do valor a pagar em 30, 70 ou 140 euros, para famílias com um, dois, três ou mais dependentes, para habitação própria e permanente. A taxa de IMI para prédios urbanos pode variar entre os 0,3% e os 0,45%, cabendo aos municípios fixar o valor entre este intervalo.

O orçamento da maioria PSD (cinco elementos) prevê, entre outras intervenções, investir quase quatro milhões de euros “na melhoria e beneficiação da rede viária em praticamente todas as freguesias do concelho, a construção do centro Interpretativo do Homem e da Montanha, na freguesia de Britelo, e a remodelação do Solar do Vinhão.

No documento consta ainda a “construção de um novo edifício de apoio na Praça da República, a reabilitação do espaço destinado à restauração no complexo das piscinas municipais, a beneficiação do edifício do Bar do Rio, transformando-o no centro náutico e de interpretação e monitorização dos rios Lima e Vade, em resultado da candidatura promovida pelo Município ao programa de financiamento + Interior, do Turismo de Portugal”.

De acordo com o orçamento, no próximo ano “terá lugar a execução da segunda fase da área empresarial do Rodo, reforçando assim as acessibilidades ao polo empresarial, prevendo-se igualmente, em 2025, o início da construção da futura área empresarial de Lestriz, concluindo-se o processo de aquisição de terrenos em curso”.

Em nota enviada à Lusa, os três vereadores do PS no executivo municipal, que votaram contra, argumentam que o orçamento “é empolado e em que se promete fazer tudo o que se prometeu e não se cumpriu em sete anos, num claro desespero eleitoralista”, apontando como exemplo a área empresarial de Lestriz, “uma promessa eleitoral das autárquicas de 2017”.

Os vereadores Pedro Lobo, Irene Dantas e Fernanda Marques da Costa criticam o que a maioria PSD classifica de “maior plano de investimento” em Ponte da Barca por considerarem que “os investimentos mais avultados que constam do orçamento são obras pagas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e por fundos comunitários”. “Este é um executivo incapaz de concretizar projetos estratégicos para Ponte da Barca. Há obras que são sistematicamente mencionadas nos orçamentos municipais anuais e que nunca arrancam, e há outras que se arrastam desde o primeiro mandato do presidente da Câmara”, sustentam.

Para o PS, é “também lamentável e inconcebível que o município dê ênfase a colocar em funcionamento, em 2025, equipamentos que tem mantido fechados há muito e sem razão”. “Equipamentos financiados com fundos comunitários, que estão concluídos desde abril de 2023, como no caso do Centro de Negócios, ou desde o verão de 2024, como o viveiro de empresas”, apontam os socialistas, que se queixam do “incumprimento reiterado do prazo de entrega de documentação do orçamento”.

O orçamento segue para debate e votação na Assembleia Municipal.