O Município de Esposende anunciou, ontem, que vai lançar um concurso público internacional para a construção do Parque da Cidade, com o preço base de 6 milhões 890 mil euros. A Câmara Municipal de Esposende aprovou, ontem, na reunião do executivo, a abertura do procedimento para o lançamento do concurso público da empreitada, «um momento assinalável e muito feliz, o passo decisivo para a execução de um projeto estruturante para o concelho e para a região», vincou o presidente Benjamim Pereira. «Este projeto corresponde a um anseio com anos e vai ser, finalmente, concretizado, superadas que estão várias etapas de um processo moroso e, de algum modo, desgastante, razão pela qual se torna tão importante este momento em que damos este passo para a sua execução», sublinha o autarca, citado em comunicado.
Na mesma nota, Benjamim Pereira realça que o Município assume na íntegra este elevado investimento, embora na expetativa de que o projeto possa vir a ter algum tipo de financiamento, ainda que não seja possível, por ora, aferir através de que mecanismos e qual o valor da comparticipação. Ainda assim, realça o autarca, «dada a importância e a mais-valia desta intervenção, que vai conferir uma nova imagem à zona ribeirinha da cidade, entendemos avançar com o projeto com recursos exclusivamente do Município».
A obra deverá arrancar no primeiro trimestre de 2024, sendo que o prazo de execução dos trabalhos é de 1 ano. O Parque da Cidade de Esposende traduz-se numa intervenção de requalificação da parte sul da zona ribeirinha, com vista a dotar a frente do rio de uma imagem urbanisticamente mais harmoniosa e integrada. Será constituído por percursos pedonais e cicláveis, em articulação com as Ecovias do Litoral Norte e do Cávado, terá espaços para eventos ao ar livre relacionados com o rio e a prática de desporto informal, postos de interpretação ambiental e pontos de observação de avifauna, parque de merendas, sanitários públicos, equipamentos lúdicos e mobiliário urbano. Segundo a autarquia, «trata-se de um projeto marcante, até pela grandeza da área a intervencionar, cerca de 30 hectares de terreno, incluindo o alargamento para a margem sul, contemplando aconstrução de uma ponte pedonal e ciclável sobre o rio Cávado e da requalificação de quase todas as vias envolventes, que surgirão em fases posteriores». Assim, em breve, arrancará a empreitada da requalificação da frente urbana do Parque da Cidade, compreendendo o troço compreendido entre o antigo Estaleiro Naval e a ponte D. Luís Filipe, abrangendo parte da Av. Eng. Eduardo Arantes e Oliveira e o trecho da EN 13 desde a rotunda da Solidal à denominada ponte de Fão, que inclui um troço da EN 13 agora desclassificado. Com um prazo de execução de 18 meses, esta obra tem o preço base de 1.831.157.43 euros, sendo que a pavimentação do troço da EN 13 será financiada pela IP- Infraestruturas de Portugal, no âmbito da prevista requalificação desta via.