Começou ontem e continua hoje. A primeira chuva de estrelas de 2023 volta a ser visível na noite desta terça-feira, se o céu estiver limpo – o que deve ser o caso a partir das dez da noite no Minho.
O pico da chuva das quadrântidas cobre tanto a madrugada de 2 para 3 de janeiro como a de 3 para 4 de janeiro, e o número de meteoros visíveis deve estar entre os 60 e os 200 por hora.
As quadrântidas vão rasgar o céu durante toda a noite. O melhor período para as ver, no entanto, deve ser pelas 2h da madrugada. A razão é que a região de onde estes meteoros parecem sair apenas surge no horizonte por volta dessa hora.
Acordar cedo, uma hora antes do Sol nascer – ou seja, pelas 7h da manhã –, também pode ser uma boa solução para ver estas estrelas. Mas para isto tem que se assegurar, sempre, que está num local onde não existe poluição luminosa, como a dos candeeiros públicos. Se conseguir, o seu guia no céu é a estrela da cauda da Ursa Maior.
As quadrântidas têm origem em fragmentos do asteróide 2003 EH1, que completa uma volta ao Sol a cada 5,52 anos. Quando os fragmentos entram em contacto com a atmosfera terrestre, a temperatura dos mesmos aumenta consideravelmente, produzindo então os traços luminosos que são visíveis no céu.
A chuva das quadrântidas não são tão visíveis como as perseidas, cuja intensidade atinge o pico por volta de 12 de agosto, apesar do potencial para serem a chuva de estrelas mais forte do ano, segundo a Sociedade Americana dos Meteoros (AMS, na sigla em inglês). Os fragmentos podem não produzir traços luminosos persistentes, porém produzem frequentemente bolas de fogo de grande luminosidade.
A chuva de perseidas é tipicamente a mais popular, graças a ocorrer nas noites quentes de agosto. Já as aquáridas, cujo pico este ano está previsto para as noites de 5 para 6 de maio e 30 para 31 de julho, produzem apenas entre 10 a 30 traços por hora antes do amanhecer. O pico das oriónidas, que vai ocorrer na noite de 20 para 21 de outubro, costuma produzir entre 10 e 20 meteoros visíveis por hora, apesar de, em alguns anos, como entre 2006 e 2009, ter chegado perto do ritmo das perseidas.
Autor: João Pedro Quesado
Perdeu a chuva de estrelas ontem? Ainda pode ver esta noite
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Publicado em 03 de janeiro de 2023, às 18:23