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Arcebispo de Braga presidiu à bênção e dedicação da capela da Senhora do Amparo

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Fotografia DR

Publicado em 06 de outubro de 2025, às 12:38

Cerimónia em S. Tiago da Faia, Cabeceiras de Basto, descrita como um hino à comunhão, à fé e à paz

A comunidade paroquial de São Tiago da Faia, em união com as comunidades de Arco de Baúlhe e Vila Nune, no arciprestado de Cabeceiras de Basto, viveu no fim de semana um momento de profundo significado espiritual: a bênção da Capela de Nossa Senhora do Amparo e dedicação do seu novo altar. A celebração foi presidida pelo Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro.

Num ambiente marcado pela fé, pela alegria e pela comunhão entre os fiéis, o momento foi descrito como um verdadeiro «hino à paz e à esperança».

«A capela, agora renovada, ergue-se como sinal da presença de Deus no meio do Seu povo, espaço de encontro e de oração, onde cada pedra e cada raio de luz contam uma história de entrega e amor», afirma o pároco, o Padre Rui Filipe Marques Araújo 

O projeto de remodelação da capela oi pensada em torno da centralidade do altar, símbolo por excelência da Eucaristia — o mistério maior da fé cristã.

O novo altar e ambão foram concebidos pelo Atelier Amadeus, a partir de raízes de oliveira.

O recurso a este material remete para uma forte simbologia espiritual: o que era considerado sem valor ganha nova vida, evocando a figura de Cristo rejeitado e glorificado.

No interior do templo, o olhar é atraído pelo Corpo de Luz, elemento arquitetónico que acolhe uma cruz suspensa , evocando o mistério da Ressurreição. 

Como afirmou D. José Cordeiro, «não podemos ficar presos à dor do Calvário; somos chamados a viver o Ressuscitado, a luz que renasce de toda a sombra».

Toda a iluminação da capela foi concebida com uma forte carga simbólica: luz tripla, em referência à Santíssima Trindade; luz quádrupla, em memória dos Evangelistas; e uma luz múltipla , símbolo dos Apóstolos, chamados a levar a Boa Nova ao mundo.

Mais do que uma obra estética ou arquitetónica, o Arcebispo destacou que esta capela é um sinal de paz, num tempo marcado por incertezas, divisões e conflitos. A renovação do templo representa, assim, um grito espiritual pela comunhão e reconciliação.

«Inaugurar esta obra é um apelo à fraternidade e à solidariedade. A capela torna-se lugar de esperança para todos», afirmou 

Segundo o padre  Rui Filipe Marques Araújo, a concretização deste projeto resultou do empenho conjunto da comunidade: fiéis, trabalhadores, técnicos e artistas que colocaram o seu talento e dedicação ao serviço de uma causa comum. O resultado é um espaço que ultrapassa o físico e se torna testemunho de fé, pertença e unidade.

«Cada gesto, cada pincelada, cada pedra colocada foi um ato de amor e pertença. Por isso, mais do que uma obra física, esta Capela é uma obra espiritual e comunitária, testemunho vivo de que a fé, quando partilhada, transforma tudo o que toca», sublinhou.

Em cada celebração, em cada oração que se realizar nesta capela ressoará o convite deixado na  inauguração: «Vive o Ressuscitado. Sê luz. Sê paz».