O treinador Vasco Botelho da Costa rejeitou hoje a teoria de que “em equipa que ganha não se mexe” e pediu concentração na visita ao Nacional, referente à oitava jornada da I Liga portuguesa de futebol.
Protagonista do melhor início da sua história no escalão maior, com 15 pontos em 21 possíveis, a equipa da vila de Moreira de Cónegos alinhou com o mesmo ‘onze’ nas três primeiras rondas e mudou sempre a partir daí, com o seu ‘timoneiro’ a admitir que o pode voltar a fazer no Funchal, perante os insulares.
“É sempre possível [mudar a equipa titular]. Cada jogo tem as suas características. Consoante o momento de forma dos nossos jogadores, vamos ter de escolher um ‘onze’. Não vivemos agarrados àquela teoria de que ‘em equipa que ganha não se mexe”. O ‘onze’ pode ser o mesmo, mas também pode haver alterações, relacionadas com as características do adversário”, disse, na antevisão ao desafio.
À espera de um jogo “muito difícil” no Estádio da Madeira, num contexto de altitude, frente a uma equipa “motivadíssima pela vitória e pela exibição de muita qualidade” ante o Sporting de Braga (1-0), o técnico vincou que os seus pupilos têm de estar muito concentrados para pontuarem.
“O Nacional é uma equipa versátil. Procura explorar a profundidade e as ‘costas’ das equipas adversárias, mas também tem capacidade para entrar dentro do ‘bloco’ defensivo. Vai-nos obrigar a estar muito concentrados do ponto de vista defensivo e a ter os ‘timings’ certos para pressionar. Temos de ganhar as ‘primeiras’ e as ‘segundas bolas’, muito importantes”, disse.
O ‘timoneiro’ da equipa do concelho de Guimarães reconheceu ainda que, por causa dessa versatilidade e da capacidade da equipa treinada por Tiago Margarido para se adaptar aos adversários, que é difícil prever com exatidão qual será “a organização ofensiva” da equipa madeirense, que se distingue ainda por ser “compacta defensivamente” e “fisicamente imponente”.
Vasco Botelho da Costa assumiu também que o ambiente no seio de um plantel é “sempre mais tranquilo” quando se ganha e mostrou-se agradado com a crescente capacidade do Moreirense para “controlar o jogo”, mas realçou que “o processo está inacabado” e que a tabela classificativa só “vai ser importante no final”.
“Quando acabar o campeonato, não queremos estar naqueles três [últimos] lugares. E queremos estar o mais acima possível. O nosso processo e o nosso jogo têm de ser fortes. Quando ganhamos muitas vezes, é normal que a maior parte das coisas esteja a correr bem, mas não está tudo bem. A coisa mais humana que existe é ‘tirarmos o pé’. Temos de ser muito rigorosos”, avisou.
O Moreirense, quarto classificado, com 15 pontos, visita o Nacional, 13.º, com sete, em partida da oitava jornada da I Liga portuguesa marcada para sábado, às 15:30, no Estádio da Madeira, no Funchal, com arbitragem de Hélder Malheiro, da associação de Lisboa.