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"Ninguém acreditava que passássemos diretos aos oitavos de final. Estamos invictos até agora"

"Ninguém acreditava que passássemos diretos aos oitavos de final. Estamos invictos até agora"
Fotografia Vitória SC

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 20 de dezembro de 2024, às 10:52

Disse Rui Borges, após o empate do Vitória SC com a Fiorentina

Declarações após o jogo Vitória de Guimarães–Fiorentina (1-1), da sexta e última jornada da fase de liga da Liga Conferência de futebol, disputado no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães:

- Rui Borges (treinador do Vitória de Guimarães): “Não houve decréscimo de rendimento. Fomos muito competentes durante 90+4 minutos. Na primeira parte, fomos ‘grandes’, pressionantes, competitivos a impor o nosso jogo frente a uma equipa forte fisicamente, que também gosta de ter bola. Chegámos ao golo, podíamos ter feito o segundo e, na segunda parte, voltámos a estar bem.

Para fazer golos, parece que temos de ter 30 oportunidades, mas faz parte do crescimento dos jogadores. O adversário teve duas oportunidades. Fomos muito competitivos frente a uma equipa com dois avançados rápidos e fortes. Fizemos um grande jogo.

O balneário está a recuperar, porque temos um jogo importante na segunda-feira [com o Nacional]. Ninguém acreditava que passássemos diretos aos oitavos de final. Estamos invictos até agora, mas não adianta nada, nos 'oitavos' é 'mata-mata'.

Faz parte do crescimento deles [falhar golos]. Se não criassem oportunidades era preocupante, nunca vou criticar um jogador por tentar, por ‘falhar’ um passe, um remate. Dividimos o jogo, procurámos o segundo golo mesmo a ganhar. A única coisa de que não abdico é a competitividade e a nossa identidade. O Gustavo chegou da II Liga e nunca tinha jogado a avançado. É um miúdo que gosta de ouvir e aprender, rápido e com bom jogo aéreo. O Kaio César tem 20 anos. Faz parte do crescimento.

Os jogadores são exigentes com eles próprios [a propósito da alegada ‘azia’ da equipa por não ter vencido]. Queriam muito ganhar. Isso faz parte da ambição de vencer. Por um segundo, faltou rigor em termos defensivos, num segundo momento de uma bola parada. Criámos imensas oportunidades para fazer o 2-0. Não o fizemos, e sofremos um golo.

Não concordo que teremos um calendário mais fácil nas eliminatórias [pelo facto de evitar o Chelsea até a uma possível final]. Somos um grande clube, com grandes adeptos. Este resultado também leva a que, lá fora, ao olharem para o futebol português, não olhem só para FC Porto, Benfica e Sporting. Há mais equipas com valor”.

- Raffaele Palladino (treinador da Fiorentina): “Quero dar os parabéns ao Vitória. Quando jogam em Guimarães, jogam com um ‘clima’ diferente. Têm adeptos fervorosos. Portanto, este tipo de jogos faz-nos crescer. Eles foram bons nas transições. No primeiro tempo, cometemos mais erros nos nossos movimentos, que não resultaram. No segundo tempo, jogámos com mais fluidez e energia. Tivemos mais qualidade.

Os meus jogadores tentaram fazer tudo [para vencer], mas o jogo desenrolou-se assim por mérito do adversário. A culpa de algumas opções táticas não resultarem é minha.

Precisamos de acrescentar algo mais à equipa para chegarmos longe na Liga Conferência. Há equipas que não conhecemos tão bem e que nos deixam muitas dúvidas. Temos jogado de três em três dias. Isso não é fácil para os jogadores”.