O treinador Álvaro Pacheco afirmou hoje que o Vitória de Guimarães tem de sair da “zona de conforto” e ter iniciativa ante o FC Porto, quarta-feira, na segunda mão da meia–final da Taça de Portugal de futebol.
Derrotado por 1–0 no embate da primeira mão, em casa, há duas semanas, o conjunto de Guimarães mantém “a ambição e a crença” de encontrar o Sporting na final de 26 de maio, com a noção de que tem de ser muito mais “acutilante e audaz” para virar a eliminatória na visita ao Estádio do Dragão.
“São equipas muito motivadas para estar na final. Estamos a perder ao intervalo. Temos de sair da zona de conforto, de ter uma coragem muito grande em assumir o jogo. Temos de demonstrar que queremos estar na final. Temos de criar mossa”, realçou, na antevisão ao desafio marcado para as 20:15.
Vitorianos e portistas vão–se encontrar pela terceira vez em abril, depois do triunfo ‘azul e branco’ há duas semanas para a ‘prova rainha’, num jogo que o treinador descreveu como “muito tático”, e do êxito vimaranense na visita ao Dragão para o campeonato (2–1), em 07 de abril, num embate em que os ‘dragões’ concederam mais espaço, aproveitado pelos seus pupilos.
Como a equipa treinada por Sérgio Conceição “não precisa de fazer golos para estar na final”, a equipa minhota vai ter “uma abordagem estratégica diferente”, a “ter de provocar” o espaço que o FC Porto vai “tentar fechar”, acrescentou.
Convencido de que os espetadores presentes no Estádio do Dragão vão assistir a “um jogo fantástico, emotivo, bem disputado”, Álvaro Pacheco rejeitou ainda que a crise de resultados do adversário, face às duas derrotas e ao empate nas últimas três jornadas do campeonato, possa influenciar o jogo, relativo a “uma competição diferente”, à qual o FC Porto “dá prioridade”.
Questionado sobre o regresso aos golos de Taremi e as eventuais dificuldades que o ponta de lança do FC Porto pode criar, o técnico vincou ainda que o seu foco é “motivar Nélson Oliveira, Jota Silva ou Kaio César a perceberem como podem chegar ao golo”.
Álvaro Pacheco referiu também que a equipa vai saber lidar com a ausência dos lesionados Ricardo Mangas e João Mendes, que vai parar pelo menos seis meses, após a fratura no tornozelo esquerdo, sofrida no jogo de sábado com o Farense (1–1).
“O João Mendes estava a fazer uma época extraordinária, com inteligência, ‘perfume’ e capacidade de decisão, mas o plantel do Vitória tem jogadores com esse cariz, capazes de render e de ajudar a equipa. Não estando disponível, temos de motivar estes jogadores para fazer história”, vincou.
O Vitória de Guimarães defronta o FC Porto em jogo da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal de futebol, agendado para as 20h15 de amanhã, no Estádio do Dragão, no Porto, com arbitragem de Artur Soares Dias, da Associação de Futebol do Porto.