Os números são da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e dão conta que o Hospital de Braga é a referência nacional nas áreas da produtividade e da eficiência económico e financeira. O custo médio do tratamento de um doente no Hospital de Braga é de 2976 euros, que é o valor mais baixo entre todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde que integram os quatro que dividem os hospitais por dimensão e grau complexidade dos tratamentos que fazem. Os valores disponibilizados pela ACSS reportam-se a agosto de 2021 e dão conta o melhor custo nas unidades hospitalares de pequena dimensão é de 3495 euros por “doente padrão” e é praticado no Hospital de Barcelos. Já os melhor valor praticado nas unidades equiparadas a “hospitais distritais”, é o Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga que tem a melhor eficiência económica e financeira, com um valor de 3779 euros por doente. Nos hospitais de maior dimensão, denominados “hospitais centrais”, a liderança é assumida pelo Centro Hospitalar Universitário de S. João, que tem um custo médio de 3643 euros por “doente padrão”, ou seja mais 667 euros que o que custa tratar um doente no Hospital de Braga.
O estudo elaborado pela Administração Central da Saúde faz saber que, só no grupo dos oito hospitais que integra o de Braga, o Ministério da Saúde poderia poupar 297 milhões 537 mil 444 euros, casos o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/ Espinho, o Hospital Garcia de Horta, O Centro Hospitalar de Terás-os-Monte e Alto Douro, o Centro Hospitalar Tondela/Viseu, o Hospital Fernando da Fonseca, o Hospital Espírito Santo de Évora e o Centro Hospitalar do Algarve tivessem a mesma produtividade e a mesma eficiência que tem o Hospital de Braga.
Eficiência aumentou 11 por cento num ano
Os dados da ACSS dão conta que para chegar ao valor de 2976 euros por “doente padrão”, o Hospital de Braga aumentou a eficiência em 11,153 por cento face a 2020, ano em que o tratamento de um “doente tipo” custava 3364 euros. Em Gaia/Espinho, o custo por “doente padrão” está nos 3758 euros, com o hospital a gastar mais 36,96 milhões de euros face à produtividade e eficiência de Braga. No Garcia de Horta tem um custo por “doente padrão” de 3940 euros e uma margem de economia de 19,7 milhões de euros. Os 4119 que custa tratar um doente médio em Trás-os-Montes e Alto Douro permitem ainda uma margem de poupança de 33 milhões de euros, enquanto que em Tondela/Viseu há margem para uma poupança de 34 milhões face aos custos praticados no Hospital de Braga.
Autor: Joaquim Martins Fernandes