Sessenta e quatro jovens, de 18 nacionalidades distintas, frequentam, desde ontem, o 17.º Curso de Verão de Português Língua Estrangeira no Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) da Universidade do Minho (UMinho). A crescente procura, registada ao longo destes 27 anos de curso, comprova que o Português tem ganho um prestígio cada vez maior, sobretudo na China, país onde, por razões económicas, o Português é cada vez mais necessário.
Na sesão de abertura deste 27º Curso de Verão o diretor do BabeliUM, Bernhard Sylla, felicitou os alunos por terem escolhido o BabeliUM, salientando a «vasta experiência no ensino de Português Língua-Estrangeira», que o instituto tem.
Recordando o início desta iniciativa, no ano letivo de 1989/1990, então com um grupo de 15 jovens de Macau, Bernhard Sylla afirmou que «não só em relação aos docentes existe uma experiência e uma qualidade elevadas, mas também o próprio curso tem realizado um percurso de prestígio».
O responsável salientou aspetos com o programa, que inclui uma vertente cultural, nomeadamente excursões e visitas a diversas localidades, como o Gerês, Viana do Castelo, entre outras.
Por seu turno, o coordenador do PLE – BabeliUM, Henrique Barroso, defendeu que se trata de «um projeto de ensino muito bem consolidado, que o BabeliUM pretende «reforçar e desenvolver nas próximas edições».
Segundo Henrique Barroso «no ano passado havia menos 24 participantes, oriundos de 12 nacionalidades», o que demonstra bem o crescente interesse que tem vindo a assumir.
«O Curso de Verão de Português Língua Estrangeira contribui para reforçar a importância do BabeliUM como centro dinamizador do ensino linguístico, como instrumento de internacionalização do ILCH da UMinho e com centro de irradiação da língua portuguesa no mundo», afirmou.
À margem da sessão, Henrique Barroso tinha já referido o crescimento do número de alunos vindos do Oriente, em particular da China, em virtude do crescente valor económico do Português naquela zona do Globo.
«Os empresários chineses estão a investir muitíssimo em países de língua oficial portuguesa, não só em Portugal, e também em Angola, o que quer dizer que precisam de gente que saiba Mandarim e também Português para poder fazer a ponte», afirmou.
O professor realçou que há orientais que já frequentaram a UMinho no segundo semestre, no Curso Anual de Português Língua Estrangeira, mas que aproveitam e ficam no verão para aperfeiçoar e melhorar o conhecimento.
Além da China, frequentam o curso alunos destas 17 nacionalidades: Reino Unido; Estados Unidos, Itália; França; Países Baixos; Suíça; Argentina; Rússia; Zimbabué; Coreia do Sul; Roménia; Síria; Irão; Canadá; Espanha; Venezuela e Portugal (estrangeiros residentes).
Autor: Carla Esteves/ Foto: Ana Marques Pinheiro