Mais de duas centenas de crianças do jardim de infância da Quinta das Hortas e da EB1 da Sé desfilaram pelo centro histórico da cidade de Braga, dando cor, brilho e animação a uma manhã particularmente cinzenta.
Mesmo sob a ameaça de chuva, que acabou por dar tréguas, os alunos, trajados a rigor, cantaram e dançaram, para a alegria dos transeuntes. Enquanto uns puderam recordar uma tradição secular, outros ficaram a conhecê-la, aproveitando para registar o momento através de fotografias e vídeo.
À margem da marcha, o coordenador da EB1 de Sé explicou que esta atividade faz parte do plano de atividades, que tenta abranger todas as tradições da área de abrangência da escola. Por isso, é realizado um trabalho junto dos mais novos, incutindo-lhes o gosto pelo património e pela cultura.
«O nosso trabalho passa por lhes explicar o Santo António, o que é a tradição. Depois temos os ensaios das músicas, que trabalhamos em contexto educativo. Temos todos os professores e alunos envolvidos», explicou Agostinho Chaves, enaltecendo o importante papel que a escola tem no que ao cumprimento das tradições diz respeito.
«Estou empenhado em dar continuidade a isso e em desenvolver tudo o que são tradições aqui da Sé. A escola serve para isso, para promover valores históricos e patrimoniais», adiantou, agradecendo aos colaboradores, incluindo o Ginásio da Sé, que emprestou o vestuário aos adultos.
Também presente na marcha esteve a vereadora do pelouro da Educação e da Cultura da Câmara Municipal de Braga, que destacou a expressividade que esta iniciativa tem, envolvendo toda a comunidade educativa e os familiares dos alunos.
Para Lídia Dias, esta é uma atividade que faz todo o sentido tendo em conta a ligação do território a Santo António. «Estas tradições são marcas no nosso calendário e, se nós as entendermos desde crianças, elas terão um significado ainda maior», disse, vincando ainda o facto de permitir trabalhar «um conjunto de competências importantes».
Já Luís Pedroso, presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, deu os parabéns ao corpo docente e não docente da EB1 da Sé que, ano após ano, faz questão de cumprir esta tradição.
«Esta é uma forma de perpetuarmos no tempo as tradições numa altura em que vivemos alguns problemas de identidade», referiu o responsável.
Autor: Rita Cunha