O antigo ministro da Administração Interna Miguel Macedo criticou hoje o “estado de abandono” de edifícios património do Estado um pouco por todo o país e defendeu a sua cedência a quem lhe assegure um destino “útil e funcional”.
“São edifícios que se degradam e perdem valor de dia para dia e não há ninguém que tome decisões”, afirmou.
Miguel Macedo falava no Tribunal Judicial de Braga, na qualidade de testemunha no chamado “caso das Convertidas”, que tem como arguidos o antigo presidente da Câmara local Mesquita Machado e os restantes cinco eleitos socialistas do mandato 2009-2013.
Situado no centro da cidade de Braga, o Convento das Convertidas é património do Estado e foi gerido pelo Governo Civil, organismo já extinto mas que era tutelado pelo Ministério da Administração Interna.
O presidente da Câmara de Braga em funções no ano de 2012, Mesquita Machado, contactou o então ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, para aferir da disponibilidade da cedência do convento para ali instalar uma pousada da juventude.
“Disse-lhe que tinha de tratar do assunto com a Direção-Geral do Património e que, por parte do Ministério da Administração Interna, não haveria qualquer oposição à cedência, porque não tínhamos qualquer destino para aquelas instalações nem precisávamos delas”, referiu hoje Miguel Macedo.
Para o antigo ministro, “o importante era que o Estado, não tendo dinheiro para recuperar aquele tipo património, lhe desse um destino útil e funcional, em vez de assistir impavidamente à derrocada, na maior parte dos casos”.
“Trata-se de património do Estado, portanto de todos nós, e não deste ou daquele ministério”, acrescentou.
Autor: Redação/Lusa