Sob o lema “Para uma universidade nova”, a Universidade do Minho, a Fundação Bracara Augusta, a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (BLCS) e a associação Civitas Braga vão assinalar a Crise Académica de Coimbra de 1969, com um conjunto de eventos em abril e maio, em Braga, sempre com entrada livre.
As entidades organizadoras pretendem recordar “as noites longas nos jardins da Associação Académica de Coimbra”, promovendo a realização de "convívios" - designação dada aos debates e tertúlias culturais da altura para contornar a vigilância do regime – debates, exposições e momentos musicais. Pretende-se recriar momentos onde a palavra, as ideias, a música, a poesia e a amizade convocam a saudade e a nostalgia, ao mesmo tempo que debatem o presente e projetam o futuro.
As celebrações arrancam esta quinta-feira, dia 11, na BLCS, a partir das 15h30, com a inauguração da exposição “Os papéis da/na Crise de Coimbra 1969”. Pelas 17h15, no Salão Nobre da UMinho, acontece o primeiro “Convívio”, com o tema “A voz aos antigos estudantes de Coimbra”. O dia 12 de abril vai ser marcado pelo recital “Notícias do Bloqueio”, a cargo do Sindicato de Poesia, a partir das 21h15, no Museu Nogueira da Silva.
“Convívio - A Voz a Atores da Crise de 1969” será o momento de conversa a 13 de abril, pelas 21h15, no Salão Nobre da UMinho, contando, na parte final, com o grupo musical “Presença de Coimbra”. No dia 16 de abril há nova conversa, desta feita dando “A voz a historiadores, sociólogos e jornalistas”, às 21h15, na. BLCS. No dia seguinte, a BLCS acolhe às 18h00 a apresentação do álbum “A Crise Académica de Coimbra de 1969 – Uma reportagem fotográfica”, de José A. Veloso.
Debate questiona a universidade do presente
A 23 de abril realiza-se o debate principal das comemorações. Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, Nuno Reis, presidente da Associação Académica da UMinho (AAUM), Licínio Lima e Wladimir Brito, docentes da UMinho, Cacilda Moura e Carlos Videira, ex-presidentes da AAUM, Armando Leal, do Centro de Estudantes de Administração Pública da UMinho, Delfina Fernandes, da Associação de Estudantes de Psicologia da UMinho e Francisco Costa, do Centro de Estudantes de Engenharia Informática da UMinho vão debater “Que universidade queriam os estudantes, que universidade têm hoje”. Esta sessão, com início marcado para as 21h15, tem a moderação da jornalista, Elsa Moura, da RUM, e acontece no Salão Nobre da UMinho.
No dia em que se comemora 50 anos da Assembleia Magna que decidiu a greve de exames, a 28 de maio, o programa conta com um momento musical a cargo do grupo Canto D’Aqui, a partir das 21h30, em local ainda a designar.
Ao longo dos dias de celebrações estará patente na BLCS a exposição documental (iconografia, fotografia, imprensa, bibliografia, audiovisuais) “Os papéis da/na Crise de Coimbra 1969”, com organização de Henrique Barreto Nunes. Esta mostra estará visitável entre os dias 11 e 30 de abril das 9h00 às 20h00.
As entidades organizadoras apelam à participação de todos, em especial os que na época estudavam em Coimbra e que vivem na região de Braga, mas também dirigentes da Associação Académica de Coimbra de então, historiadores, jornalistas, sociólogos, professores universitários e dirigentes estudantis atuais.
Autor: Redação
50 anos da Crise Académica de Coimbra assinalados em Braga
Publicado em 11 de abril de 2019, às 00:17