O Prémio “Dr. João Lobo – História”, instituído pela Santa Casa da Misericórdia de Braga na Academia Portuguesa da História, distinguiu este ano o investigador Daniel Antonio de Aquino Neto pela obra “O Lusitano e o outro na Amazônia do século XVIII – Análise da legislação indígena pombalina sob a ótica do ‘processo civilizador’ e da formação histórica do Império Português”.
A distinção, de caráter anual e no valor de dois mil euros, foi criada em homenagem a João Lobo, personalidade lembrada pela sua dedicação à cultura, ao conhecimento, à literatura e à causa pública, bem como pela sua postura solidária e humanista. O prémio pretende reconhecer e incentivar trabalhos de investigação que contribuam para o aprofundamento da historiografia portuguesa.
A cerimónia de entrega realizou-se ontem, 3 de dezembro, no Palácio dos Lilases, em Lisboa, e contou com a presença de Bernardo Reis, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga. Integrada na sessão de encerramento do ano académico da Academia Portuguesa da História, comemorativa do Dia da Academia, a iniciativa contou ainda com a conferência “1525: o casamento da Infanta Isabel de Portugal com Carlos V”, proferida por Ana Isabel Buescu, que revisitou um dos episódios mais significativos da diplomacia e da história da monarquia ibérica.
Para a Misericórdia de Braga, «a atribuição do prémio a Daniel Antonio de Aquino Neto sublinha a relevância do seu estudo sobre a legislação indígena pombalina e o papel desta na construção do Império Português, destacando a reflexão histórica como ferramenta essencial para a compreensão das identidades e dinâmicas sociais». «Uma distinção que celebra a investigação histórica e reforça o compromisso com a preservação da memória e do conhecimento», realça.