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Morreu Almeno Gonçalves, ator natural de Braga

Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 27 de novembro de 2025, às 13:56

Aos 66 anos

O ator Almeno Gonçalves, natural de Braga, morreu hoje, aos 66 anos, em Lisboa, confirmou à Lusa a agente do artista.

De acordo com a agente, Teresa Miguel Amaral, Almeno Gonçalves morreu hoje de madrugada.

A notícia da morte do ator foi avançada pelo jornal Correio da Manhã, segundo o qual Almeno Gonçalves morreu no Hospital Francisco Xavier, onde estava internado devido a um cancro.

O velório do ator está marcado para sexta-feira de manhã, na Igreja de Miraflores, no concelho de Oeiras, segundo a agente.

Almeno Gonçalves nasceu em Braga, em 17 de outubro de 1959, e estudou no Liceu Sá de Miranda, tendo fundado três grupos de teatro em Braga, entre os quais o grupo de Teatro Universitário do Minho, de acordo com uma biografia publicada pela agência de Teresa Miguel Amaral nas redes sociais há dois anos.

Segundo a base de dados do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, “Marat - perseguição e assassinato de Jean-Paul Marat representado pelo grupo de teatro do Hospício de Charenton sob a direção do Senhor Marquês de Sade” foi a primeira peça em que participou, n’A Comuna – Teatro de Pesquisa, dirigido por João Mota, em 1984.

“Amadis”, “Calígula”, “Victor ou as crianças no poder”, “Os dois corcundas e a lua”, “O destino morreu de repente”, “Édipo Rei”, “Um elétrico chamado desejo” e “Má sorte ter sido puta” contam-se entre as 18 peças que o ator representou, entre 1984 e 1992, na companhia dirigida por João Mota, segundo a mesma base de dados.

Em 1994, no Teatro da Cornucópia, dirigido por Luis Miguel Cintra, integrou o elenco das peças “Diálogos sobre a pintura na cidade de Roma” e “O conto de Inverno”. Em 1999, e 2000, voltaria àquele teatro na Rua Tenente Raul Cascais, representando mais quatro peças.

“Os biombos” (1993), com encenação de Carlos Avilez, no Teatro Experimental de Cascais, “Edmond” (1996), no Teatro Nacional D. Maria II, e “As luzes” (1997) para o Novo Grupo/Teatro Aberto, contam-se entre as dezenas peças de teatro em que representou, segundo aquela base de dados.

Ainda de acordo com a base de dados do CET, traduziu, com Jorge Louraço Figueira, “Noite de reis”, de Shakespeare, tendo ainda sido autor de programas como “Grande área” (1991) e “Smog” (1997).

Almeno Gonçalves trabalhou também, com regularidade, na televisão, onde participou em séries, novelas e filmes: “Casamento e descendência”, “Duarte e companhia”, “Os malucos do riso”, “Equador”, “Cacau”, “Rua das Flores”, “Amor Amor”, “Vidas opostas”, “A herdeira”, “O sábio”, entre outras, constam dos muitos trabalhos para televisão em que participou.