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Viana do Castelo aprova arranque das obras de conservação da Igreja de S. Domingos

Viana do Castelo aprova arranque das obras de conservação da Igreja de S. Domingos
Fotografia DR

Redação/Lusa

Publicado em 11 de novembro de 2025, às 12:15

Adjudicadas pelo pelo valor de 522.649 euros, mais IVA

A Câmara de Viana do Castelo aprovou hoje, por unanimidade, a adjudicação e a minuta do contrato para as obras na Igreja de São Domingos, onde se encontra sepultado o beato frei Bartolomeu dos Mártires, pelo valor de 522.649 euros, mais IVA.

Na apresentação da proposta, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre referiu que esta é a terceira intervenção realizada naquele templo, e que ainda faltam “a quarta e quinta fases”.

A empreitada, cujo concurso público foi lançado em junho passado, visa a substituição da cobertura e da caixilharia exterior que se encontram “em elevado estado de degradação”.

A intervenção, que terá um prazo de execução de 270 dias, recolheu parecer favorável da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e será comparticipada por fundos comunitários do Norte 2030, no âmbito de uma candidatura, já aprovada, ao programa Rotas Culturais.

Situada no Largo de São Domingos, em Monserrate, a igreja propriedade do Estado integra o antigo convento de Santa Cruz, depois designado de São Domingos, que, tal como a igreja, foi mandado construir por frei Bartolomeu dos Mártires, declarado santo em 2019 pelo Papa Francisco. Foi naquele convento que o beato morreu a 16 de julho de 1590 e onde se encontra sepultado.

Classificada como Monumento Nacional, a sua construção remonta ao século XVI, tendo sido alvo de obras ao longo dos dois séculos seguintes.

Da autoria do mestre João Lopes “o Moço”, e elaborada segundo os rigorosos planos e indicações de frei Bartolomeu dos Mártires”, a igreja do Convento de São Domingos "é um claro exemplar das exigências arquitetónicas contrarreformistas".

O projeto “cumpre com o disposto no regulamento do Plano de Pormenor do Centro Histórico”, nomeadamente no que diz respeito à manutenção do “sistema construtivo original em madeira, procedendo-se apenas a reparações pontuais e substituição de elementos danificados”.

O projeto prevê a “preservação integral da dimensão e organização dos vãos”, sendo que “na substituição das caixilharias serão empregues elementos com as mesmas características e detalhe construtivo dos existentes”.

As “características físicas da cobertura serão mantidas, sendo recoberta com telha de barro, rematada com telhão de beirado sobre a cornija e, as caleiras e tubos de queda serão em zinco puro”.

No interior do templo está prevista “a reabilitação do teto em madeira pintada da capela-mor”.

Serão “removidas as peças que se verifiquem não apresentarem possibilidade de recuperação, aplicando-se novas com idêntico material, dimensões e acabamentos (pintura). Após limpeza e tratamento, o teto será pintado em cor branca com tinta de óleo”.

No exterior, o projeto inclui a “recuperação e limpeza de gradeamento em ferro existente no vão semicircular na fachada sul, incluindo aplicação de aparelho e pintura em três demãos, pintura geral de superfícies rebocadas em fachadas e torreões, procedendo a reparações pontuais onde necessário e limpeza de cantarias”.

O projeto de conservação do templo foi desenvolvido pela Fábrica da Igreja de São Domingos.

Em janeiro, foi assinado um protocolo em que a Fábrica da Igreja cedeu o projeto de execução da obra ao município.