Foi hoje inaugurada a Biblioteca Circular da Praça, uma iniciativa promovida no âmbito da Semana da Circularidade, que tem como objectivo incentivar a troca de livros usados, promovendo a reutilização e o acesso à leitura, contribuindo para hábitos de consumo mais responsáveis.
Segundo Altino Bessa, vereador da Câmara Municipal de Braga, «o objetivo desta Biblioteca Circular é que as pessoas tragam aqui ao mercado, à Praça, os seus livros, deixem-nos ficar, e que também possam levantar os livros que aqui estão».
«Ou seja, a mesma lógica da circularidade, da reutilização, de poderem várias pessoas utilizar o mesmo livro, levar, trazer, e por essa via termos essa circularidade», argumentou.
Altino Bessa recordou que a Semana da Circularidade em Braga vai já na sua terceira edição e integra um conjunto de acções de iniciativa do Município, dedicadas à promoção da economia circular, à redução de resíduos e ao reforço da sustentabilidade no território.

«Temos sessões sobre economia circular e vamos às escolas porque as crianças são sempre um alvo preferencial nas nossas iniciativas, uma vez que é através delas que nós conseguimos melhorar e mudar mentalidades», explicou.
Altino Bessa adiantou também que na Praça estão a decorrer, em simultâneo, as Oficinas da Circularidade, «um local onde as crianças podem dar nova vida aos produtos que poderiam ir para o lixo, e que têm aqui uma nova oportunidade».
Do universo de iniciativas pensadas para esta semana, o vereador destacou ainda o projeto Cuidar Braga Vai à Escola, que consiste na reutilização de produtos verdes, com a demonstração de um biotriturador para promover a redução de queimas e a sustentabilidade, um projeto que já conquistou prémios nacionais e internacionais.
Referiu ainda que está prevista uma visita à Braval, para que as escolas e o público em geral percebam exatamente como funciona a recolha de resíduos, bem como uma sessão sobre literacia energética.
Por seu turno, a técnica da Divisão de Ambiente e Alterações Climáticas, Ana Cristina Costa, adiantou que a Semana da Circularidade decorrerá até sábado e reafirmou, também ela, a importância da Biblioteca Circular da Praça.
«Quantas e quantas vezes lemos o livro uma vez e fica o resto da vida, décadas, lá parado em casa, não é? Portanto, aqui a ideia é que as pessoas tragam os seus livros que estão lá parados em casa e levem outros. A ideia é esta circularidade», afirmou.
Referiu-se também às Oficinas de Circularidade que, em paralelo decorreram na Praça, em particular a sessão sobre “Fast Fashion”, onde as crianças foram sensibilizadas para a questão da rapidez das modas e a consequente produção excessiva de resíduos.
«As modas são tão rápidas que produzem imensos resíduos têxteis e portanto, é necessário que haja circularidade, no sentido das pessoas começarem a pensar antes de comprar», afirmou.
Assim, sessão ontem realizada na Praça consistiu na reciclagem de papel e de têxteis, nomeadamente meias e camisolas velhas. A iniciativa permitiu que as crianças aprendessem a dar um segundo uso às peças de roupa, dando-lhes um cunho pessoal, em vez da peça ser usada numa só estação e ir para o lixo, reduzindo assim desperdício têxtil.
Ana Cristina Costa adiantou que, no próximo sábado, está também marcada uma sessão de formação de reparação de equipamentos eletrónicos, inicialmente destinada a funcionários da Câmara, que será agora aberta ao público em geral.
