Entre os dias 14 e 23 de novembro, o Festival Utopia está de regresso a Braga com um vasto programa que pretende não só fomentar o gosto pela literatura como dar a conhecer culturas e manifestações, com várias estreias, apresentações e - como grande novidade - jantares literários que juntam os livros ao vinho e à gastronomia.
As presenças do Prémio Nobel da Literatura em 2021, Abdulrazak Gurnah, de Mia Couto, Ricardo Araújo Pereira e Frederico Lourenço são destaques de mais de 150 horas de programação do Festival Utopia, que regressa com dez dias dedicados à partilha, às histórias e à literatura. Conversas com autores, podcasts ao vivo, entrevistas de vida, workshops, oficinas, ações de capacitação, espetáculos e outros formatos darão corpo ao programa.
À margem da apresentação, Paulo Ferreira, diretor do festival, explicou que estes jantares decorrerão no restaurante Livraria, no centro da cidade, em conjunto com escritores como Rita Red Shoes e Afonso Cruz. «São uma oportunidade para um grupo restrito poder dialogar com um escritor que admiram. Não há uma agenda propriamente, a ideia é que as pessoas possam estar à vontade e conversar, apoiados numa prova vínica. Esperamos que sejam momentos que as pessoas possam desfrutar bastante, referiu.
Sublinhando o crescimento que o evento tem tido desde a primeira edição, Paulo Ferreira não tem dúvidas de que o Utopia já «faz parte do calendário editorial», sendo que «cada vez mais editores» se querem juntar ao mesmo.
O diretor do festival lembrou ainda a extensão do evento a outras cidades e países, como a Colômbia, onde se realizou em julho em duas cidades, e nos Açores, já no próximo ano. «Estamos a trabalhar para alargar ainda mais esta realidade», garantiu.
O presidente da Câmara Municipal de Braga, sublinhou que a cidade «reúne toda as condições para que um evento desta natureza seja um sucesso».
Segundo Ricardo Rio, a capacidade de trazer a Braga autores e disponibilizar um programa tão vasto «tem a ver com a estratégia da cidade». «Quando recebemos o Utopia quisemos posicionar Braga como uma cidade que investe na cultura e que tem um vasto público com apetite para usufruir deste tipo de atividades. Este é um festival diferenciado, de enormíssima qualidade e que, em cada uma das suas edições, tem vindo a marcar verdadeiramente a diferença. Tem ainda a capacidade de fundir o seu conceito com a realidade do território em que está inserido, uma arte que foi executada de uma forma exemplar ao ponto de Braga se sentir muito bem a acolher este evento», sustentou, vincando que «qualquer cidade do mundo» gostaria de acolher um evento desta natureza.
A programação completa pode ser encontrada aqui.