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Jantares literários são grande novidade da terceira edição do Festival Utopia

Jantares literários são grande novidade da terceira edição do Festival Utopia
Fotografia Avelino Lima

Rita Cunha

Jornalista

Publicado em 23 de outubro de 2025, às 18:50

Nobel da Literatura e Mia Couto são destaques da programação.

Entre os dias 14 e 23 de novembro, o Festival Utopia está de regresso a Braga com um vasto programa que pretende não só fomentar o gosto pela literatura como dar a conhecer culturas e manifestações, com várias estreias, apresentações e - como grande novidade - jantares literários que juntam os livros ao vinho e à gastronomia.

 

As presenças do Prémio Nobel da Literatura em 2021, Abdulrazak Gurnah,  de Mia Couto, Ricardo Araújo Pereira e Frederico Lourenço são destaques de mais de 150 horas de programação do Festival Utopia, que regressa com dez dias dedicados à partilha, às histórias e à literatura. Conversas com autores, podcasts ao vivo, entrevistas de vida, workshops, oficinas, ações de capacitação, espetáculos e outros formatos darão corpo ao programa.


À margem da apresentação, Paulo Ferreira, diretor do festival, explicou que estes jantares decorrerão no restaurante Livraria, no centro da cidade, em conjunto com escritores como Rita Red Shoes e Afonso Cruz. «São uma oportunidade para um grupo restrito poder dialogar com um escritor que admiram. Não há uma agenda propriamente, a ideia é que as pessoas possam estar à vontade e conversar, apoiados numa prova vínica. Esperamos que sejam momentos que as pessoas possam desfrutar bastante, referiu.
Sublinhando o crescimento que o evento tem tido desde a primeira edição, Paulo Ferreira não tem dúvidas de que o Utopia  já «faz parte do calendário editorial», sendo que «cada vez mais editores» se querem juntar ao mesmo.


O diretor do festival lembrou ainda a extensão do evento a outras cidades e países, como a Colômbia, onde se realizou em julho em duas cidades, e nos Açores, já no próximo ano. «Estamos a trabalhar para alargar ainda mais esta realidade», garantiu.


O presidente da Câmara Municipal de Braga, sublinhou que a cidade «reúne toda as condições para que um evento desta natureza seja um sucesso». 


Segundo Ricardo Rio, a capacidade de trazer a Braga autores e disponibilizar um programa tão vasto «tem a ver com a estratégia da cidade». «Quando recebemos o Utopia quisemos posicionar Braga como uma cidade que investe na cultura e que tem um vasto público com apetite para usufruir deste tipo de atividades. Este é um festival diferenciado, de enormíssima qualidade e que, em cada uma das suas edições, tem vindo a marcar verdadeiramente a diferença. Tem ainda a capacidade de fundir o seu conceito com a realidade do território em que está inserido, uma arte que foi executada de uma forma exemplar ao ponto de Braga se sentir muito bem a acolher este evento», sustentou, vincando que «qualquer cidade do mundo» gostaria de acolher um evento desta natureza.

 

A programação completa pode ser encontrada aqui.