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«Hoje em dia ter um diagnóstico de cancro não significa morte»

Fotografia Avelino Lima

Rita Cunha

Jornalista

Publicado em 17 de outubro de 2025, às 16:02

Alunos da Secundária de Maximinos foram sensibilizados para a importância da prevenção.

Um grupo de alunos da Escola Secundária de Maximinos foi hoje sensibilizado para a problemática do cancro e importância da sua prevenção dado o aumento da prevalência no geral e em idades mais jovens. O “Encontro Rosa” decorreu na Biblioteca Escolar, no âmbito do Projeto de Promoção e Educação para a Saúde (PES) do Agrupamento de Escolas de Maximinos e juntou Marta Vilaça, médica oncologista; Carla Ribeiro, psicóloga oncologista; Ana, uma jovem de 30 anos que lhe viu ser diagnosticado cancro da mama em março deste ano; e Beatriz, sua prima.


A médica Marta Vilaça começou por salientar que a taxa de incidência do cancro tem vindo a subir, não só o da mama mas todos os tipos de cancro, sendo que a prevenção deve ser feita em todas as idades. Uma alimentação saudável, a realização de atividade física, hábitos de vida saudáveis como não fumar e beber moderadamente e conhecer bem o corpo de forma a facilmente detetar alterações são outros dos cuidados a ter.


A médica lembrou ainda que, dado o avanço da ciência e da medicina, «hoje em dia ter um diagnóstico  de cancro não significa morte». Segundo explicou, esta ideia ainda está «muito enraizada na sociedade» mas o cancro «é uma doença crónica como muitas outras». 
Por vezes, a maior resistência em assumir a doença deve-se à reação dos outros, o que muitas vezes provoca o seu isolamento. 
Sobre este assunto, a psicóloga Carla Ribeiro referiu que «deveria haver espaço na sociedade para que cada pessoa a viver uma fase difícil da sua vida pudesse escolher como viver a doença sem se sentir discriminada» e lembrou que «um doente com cancro não é ‘coitadinho’», mas antes uma pessoa de força e resiliente».