Na área da mobilidade, o candidato independente do “Amar e Servir Braga” defendeu, no debate da passada terça-feira à noite, promovido pelo Diário do Minho e a DMTV no Auditório Vita, a adaptação do BRT a uma rede de ‘tram-train’, assim como uma «nova reorganização» dos Transportes Urbanos de Braga (TUB) «para captar público de concelhos periféricos», e uma aposta em modos suaves e pedonalidade. «Temos de olhar com planeamento para o desenvolvimento de Braga e transformar o BRT no ‘tram-train’, um metro de superfície no corredor do BRT que entra na ferrovia da linha de ferro e faz a ligação à zona poente do concelho», disse, defendendo também a revisão da linha do TGV, optando-se por uma paragem em Ferreiros.
No que respeita os seis parques empresariais da cidade, o candidato por “Amar e Servir Braga” defendeu que, primeiramente, é necessário «fazer um levantamento sério» para perceber quais as necessidades. «Não pomos de lado desfazer ou desmantelar parques e refazê-los no outro lado, com melhores acessibilidades. Braga precisa de um grande parque industrial. O lugar ideal é junto da futura estação do TGV», expli-
cou.
Questionado sobre as empresas municipais e qual o seu futuro, Ricardo Silva vincou que, «à partida», são para manter «no sentido em que todas elas cumprem um papel essencial hoje para o desenvolvimento do concelho», mas defende a sua reestruturação. Aqui, a InvestBraga «terá que ter um papel preponderante na gestão dos parques industriais» e a Bragahabit «poderá ficar não só com a parte social como ter um papel na qualificação do espaço público».
Sobre a cultura e a realização de festas na cidade, Ricardo Silva volta a lembrar da necessidade de «olhar para a saúde financeira do município» para avaliar e admite que poderá haver «um excesso de investimento» nesta área. «Temos de pegar na nossa cultura e património e potenciar e perceber a pertinência pedagógica das festas», vincou, defendendo , neste campo, o regresso da Feira do Livro ao centro e a retoma do Conselho Municipal de Cultura.
Na educação, compromete-se a avaliar o parque escolar e a «concretizar obras».
Questionado sobre o que terá falhado no atual mandato da Coligação Juntos por Braga, Ricardo Silva destacou «proximidade e transparência» como as principais lacunas. «Nós fomos percebendo que, à medida que este terceiro mandato se foi desenrolando, perdemos aquele grau de confiabilidade no nosso executivo municipal, o que motivou a aparecer um novo movimento independente que quer retomar esse grau de proximidade», ex-
plicou.
Ricardo Silva defende ‘tram-train’, «reorganização» dos TUB e aposta nos modos suaves e pedonalidade

Fotografia
Avelino Lima
Rita Cunha
Jornalista
Publicado em 09 de outubro de 2025, às 11:24