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Carlos Fragoso propõe a criação de espaços culturais abertos à comunidade

Carlos Fragoso propõe a criação de espaços culturais abertos à comunidade
Fotografia Avelino Lima

Rita Cunha

Jornalista

Publicado em 09 de outubro de 2025, às 11:28

Debate Diário do Minho/DMTV.

O Livre vê o direito à cultura e a expressão artística como «pilares da democracia» e, nesse sentido, propõe «casas da criação», ou seja, «espaços culturais abertos à comunidade, com equipamentos que potenciem a criação artística e a inclusão».
«Braga tem um enorme potencial e queremos libertar a criatividade que existe. A cultura tem de ser de fruição mas também tem de haver uma aposta na criação cultural», vincou o candidato Carlos Fragoso, na passada terça-feira à noite no debate promovido pelo Diário do Minho e a DMTV no Espaço Vita.

Ainda na área da cultura, e falando concretamente do evento Braga Capital Portuguesa da Cultura‘25, Carlos Fragoso vincou que estas iniciativas «devem ser embriões que despoletem nas comunidades o gosto pela cultura e pela criação cultural». Lamentou, porém, que Braga‘25 vá «deixar pouco nessa perspetiva». 


Na vertente económica e, em particular, dos parques empresariais, Fragoso é a favor de «uma perspetiva de desenvolvimento mais cooperante e menos competitiva». «Os parques existentes são exíguos para servir o desenvolvimento da cidade. Temos de promover o cooperativismo quer quanto à produção como ao consumo sustentável, apostando na economia circular. Não nos parece necessário um grande parque industrial porque defendemos uma maior ligação ao tecido comunitário e à sociedade», referiu.


No que respeita as empresas municipais, Carlos Fragoso deu nota de uma «posição clara»: «as empresas municipais foram criadas numa perspetiva de servir clientelas políticas». «Acreditamos que podem ser úteis mas os gastos têm de ser transparentes e deve-se promover os concursos públicos para a gestão dessas empresas», disse, defendendo a remunicipalização da Agere e um papel mais interventivo da Bragahabit na promoção da habitação pública. Na Braval, apoia a melhoria do sistema de gestão de resíduos e o reforço da digitalização.


Na área da educação, o candidato do Livre é a favor de «uma grande aposta nas creches». «É urgente ter uma rede de creches no concelho porque a educação tem de vir de base», disse, acrescentando também a «intervenção urgente» no parque escolar que se encontre degradado. «Queremos fazer da educação o que ela é: um direito consagrado e que seja um elevador de justiça social», disse.


Na habitação, destacou a existência de «rendas compatíveis com os rendimentos da maioria da população», através da habitação pública e do cooperativismo. Já na mobilidade, defende «uma mudança de paradigma e uma visão holística, envolvendo a academia».