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Zona Franca: A arte que une Braga e Guimarães

Zona Franca: A arte que une Braga e Guimarães
Fotografia DR

Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2024, às 12:08

Um ciclo interdisciplinar de música e dança que conecta dois territórios criativos.

O Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, celebrou uma parceria com o Theatro Circo e o gnration, em Braga, para a criação da “Zona Franca”, apresentada como um território livre para a experimentação da música e da dança, numa iniciativa que decorrerá ao longo do próximo ano.

O novo ciclo interdisciplinar juntará músicos e coreógrafos num diálogo artístico e de criação entre a música e a dança.

Resultado de uma colaboração entre o Centro Cultural Vila Flor (A Oficina), o Theatro Circo e o gnration (Faz Cultura), a Zona Franca arranca em 2025 e propõe três colaborações que se desenrolarão entre Braga e Guimarães ao longo do ano.

Através de propostas artísticas e técnicas distintas, intérpretes-coreógrafos e intérpretes-músicos colocam em evidência o diálogo eloquente, contínuo e multiforme entre a música autoral e a prática coreográfica.

Com este ciclo, os três espaços culturais pretendem reforçar a ligação entre os territórios de Braga e Guimarães, promovendo a circulação de públicos e artistas, a criação de novos trabalhos, mas também potenciar a existência de sinergias artísticas no quadrilátero urbano.

Para Rui Torrinha (Direção Artística CCVF e Artes Performativas d'A Oficina), este é "um grande exemplo de colaboração num território altamente criativo, cuja prioridade do incentivo à criação está na linha da frente da relação entre instituições, artistas e, porque não dizê-lo, na conquista de públicos itinerantes".

"O ciclo Zona Franca é, não apenas, entusiasmante do ponto de vista do seu potencial artístico, pelo cruzamento que promove entre performers de diferentes disciplinas, como dá um forte sinal sobre o trabalho colaborativo entre instituições culturais que partilham território e públicos.", refere Luís Fernandes, diretor artístico do Theatro Circo e do gnration.

A coreógrafa Vera Mantero e a trompetista Susana Santos Silva são as primeiras convidadas deste ciclo. O duo encontrou-se pela primeira vez em 2022, aquando da apresentação dos solos de Mantero em Serralves. Desse encontro surge agora uma nova obra interdisciplinar, criada a partir de um projeto de improvisação sobre movimento, gestos e palavras. Esta performance é uma oportunidade rara de cruzar o imaginário artístico destas duas criadoras, ambas nomes essenciais nos seus respetivos campos. Esta nova obra estreia no GUIdance – Festival Internacional de Dança Contemporânea, em Guimarães, a 8 de fevereiro, na Black Box do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG). A apresentação em Braga está marcada para o dia 9 de fevereiro, no gnration.