O gnration, em Braga, vai receber a primeira exposição de Kim Gordon, reconhecido pelo seu trabalho como cantora dos Sonic Youth. O “Object of Projection” estará patente entre 18 de janeiro de 5 de abril, segundo anunciou hoje o local.
Com curadoria de Lawrence English, esta exposição funciona como uma retrospetiva do trabalho da artista norte-americana na última década, com especial ênfase numa série de instalações performáticas em vídeo. Integrada no CINEX, o programa de cinema expandido da Braga 25 Capital Portuguesa da Cultura, “Object Of Projection” explora temáticas relacionadas com a arquitetura, o palco, o corpo, o gesto e a desconstrução da sacralidade hierárquica do objeto.
Nomeada para dois Grammys com o disco The Collective (2024), Kim Gordon passou por Portugal no início de novembro para apresentar este trabalho em Lisboa. O gnration apresenta Kim Gordon como uma lenda-viva não só da música como de toda a cultura alternativa. Escreveu uma das autobiografias mais dominantes da literatura da última década, Girl in a Band (2015) e, desde os finais dos anos 1970, tem também produzido uma série de obras de matriz visual, começando a assinar estes trabalhos como Design Office – projeto que mantém até hoje.
O programa expositivo do gnration para os primeiros meses de 2025 conta ainda com Ana Vieira: Cadernos de montagem. Esta exposição foca-se no trabalho de Ana Vieira – uma das artistas mais importantes da arte nacional do século XX – cujo objetivo se centra na procura do estudo, documentação e apresentação de um conjunto de obras, juntamente com os respetivos desenhos e anotações realizados pela artista.
O projeto expositivo e editorial é da autoria da curadora Antonia Gaeta, da arquiteta Astrid Suzano e da conservadora e investigadora Sofia Gomes, e será apresentada em Braga entre 24 de abril e 28 de junho. Esta exposição surge de uma parceria entre o gnration, o Centro de Arte Oliva (São João da Madeira), CAAA – Centro para os Assuntos da arte e Arquitetura (Guimarães) e o Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE) e tem o apoio da RPAC – Rede portuguesa de arte contemporânea.