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Festa da Leitura na dst cativa muitos entusiastas do livro

Festa da Leitura na dst cativa muitos entusiastas do livro
Fotografia Avelino Lima

Francisco de Assis

Jornalista

Publicado em 22 de novembro de 2024, às 15:12

Iniciativa realizou-se no âmbito do 2.º Encontro do Plano Nacional de Leitura.

A construtora bracarense dst acolheu ontem uma festa de leitura, que cativou muitos entusiastas do livro, com leituras e partilhas, num ambiente de descontração, no meio de música, uma chávena de chá ou chocolate quente. A iniciativa foi realizada no âmbito do II Encontro Nacional de Leitura no Ensino Superior, que prossegue hoje na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva; e do Festival Literário Utopia de Braga, que decorre até domingo, em Braga. 

De facto, por volta das 16h30, dezenas de leitores, carregados de livros, “invadiram” a cantina da dst, para uma verdadeira «festa do livro», precisamente para cativar  e «pescar» outros leitores, sejam eles trabalhadores ou estudantes dos mais variados graus de ensino..

Em declarações á imprensa, Regina Duarte, Comissária do Plano Nacional de Leitura, estava também ela encantada com a iniciativa, mas sobretudo com a adesão. «Desafiámos o engenheiro José Teixeira, presidente do Grupo DST, para, na véspera deste encontro Nacional, que vamos ter amanhã [hoje], realizarmos uma festa de leitura, que é o que está aqui a acontecer».

A Comissária fez saber que, de repente, tem-se vindo a realizar festas do livro pelo mundo inteiro. «De repente tornou-se uma moda. O conceito é as pessoas juntarem-se num ambiente confortável, em que podem beber uma bebida quente, lerem sozinhos, durante um bocadinho, e depois conversam uns com os outros, com música, com bebidas, com comida. Mas a ideia é que a leitura seja associada a um momento de prazer e diversão, ao contrário do que habitualmente nós achamos. Que a leitura é um ato solitário, em que as pessoas estão isoladas».

Ao contemplar a sala, completamente cheia, Regina Duarte confessou que gostou do que estava a ver. «Estou a gostar muito, é o que nós esperávamos. Temos aqui alunos universitários, temos alunos do 12.º ano. Era o que nós gostávamos que acontecesse», disse, recordando que a ideia passa também por mostrar que leitura também é uma forma de vivermos em comunidade.

CEO da dst viu magia na festa da leitura  

Por sua vez, o CEO da dst, anfitrião da festa da leitura, viu magia no evento, garantindo que é para continuar. «Porque a literatura precisa de festa. Por isso, quando a responsável do Plano Nacional de Leitura, Regina Duarte, me propôs este novo projeto, disse imediatamente que sim. Porque é uma festa de leitura, onde as pessoas se encontram, bebem um copo de vinho, bebem um chocolate, uns chás, e estão todas juntas. E isso é mágico», classificou José Teixeira, ele próprio um entusiasta da literatura e do conhecimento em geral.

Aliás, começou a sua intervenção citando o Sermão da Sexagésima padre António Vieira, em que o pregador fala em pescadores de homens. «Ensina a semear e a pescar pescadores. É o que nós temos de fazer. É usar as redes para pescarmos leitores, pescarmos trabalhadores para o processo de leitura. Que é a mesma coisa que dizer que pescarmos trabalhadores para o processo da liberdade. Que é a mesma coisa que dizer que pescamos trabalhadores para o processo da imaginação».

O CEO da dst está convicto que é no conhecimento que a empresa e os seus trabalhadores marcam a diferença em relação às outras. «E isso é muito competitivo. É competitivo para os trabalhadores e é competitivo para nós. Quanto mais cultos forem os nossos trabalhadores, mais competitivos nós somos. Isto não é um esoterismo, ou aqui um rapaz que decidiu fazer estas coisas. Não, é por dar certo. Porque assim ficamos muito mais competitivos. Assim vemos o que os outros não vêem. Nós conseguimos ler o que não está à vista», sustentou.

De referir que o Encontro do Plano Nacional de Leitura prossegue hoje, na Biblioteca Lúcio Craveiro. De manhã, em sessão fechada, só para os cerca de 80 clubes de leitura do ensino superior, que já fazem parte da rede; e, à tarde, em sessão aberta a todos, em que se vai falar desta relação dos jovens com leitura. 

Hortense Santos, presidente do Agrupamento de Escolas Carlos Amarante  e presidente da Assembleia Municipal de Braga esteve na Festa da Leitura na dupla qualidade, precisamente para ajudar a cativar leitores, sobretudo jovens.