A Casa de Trás-os-Montes, em Braga, realizou ontem o tradicional magusto, oportunidade para reviver as tradições da terra, em convívio farto, como é da tradição. O evento, que juntou muitos transmontanos a viver em Braga, contou, entre outras presenças, com o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio; e com o ex-presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, que desempenhou funções na Comissão de Coordenação Regional do Norte (CCDR-N).
A iniciativa visou, sobretudo, celebrar o São Martinho, promover uma reflexão sobre Trás-Os-Montes e Alto Douro", até para que os transmontanos que há muito vivem em Braga não se esqueçam das suas raízes, mas que saibam da evolução das suas terras. Daí o convite a Jorge Nunes, para fazer a palestra.
Na plateia, além de Ricardo Rio, estiveram o anfitrião da Casa, José António Correia Vaz; Rafael Amorim, Primeiro Secretário Executivo da Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM do Cávado); Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de São Vítor; e João Rodrigues, vereador do Urbanismo da Câmara de Braga e candidato do PSD à Câmara de Braga às eleições do próximo ano.
Estiveram, igualmente, alguns transmontanos, com notoriedade na sociedade bracarense. Na palestra, Jorge Nunes, que esteve 16 anos à frente da Câmara de Bragança, explicou não só a evolução do município, o desenvolvimento e as infraestruturas ganhas ao longo dos anos. O orador elogiou a organização urbanística de Bragança, precisamente porque sempre houve o cuidado de consultar urbanístas notáveis, como Viana de Lima.
Ao Diário do Minho, Jorge Nunes referiu que a Casa de Trás-os-Montes de Braga é uma referência dentro das casas do País e na diáspora, sempre disponível para ajudar na integração dos transmontanos e de portas abertas aos outros, incluindo instituições, que precisarem.
Nas perguntas que se seguiram, os presentes apontam a saúde como o grande entrave à fixação de pessoas, sobretudo os jovens. Há pessoas a fazer centenas de quilómetros para radioterapia ou quimioterapia. Foi defendida a regionalização
Por seu turno, o presidente da Casa agradeceu a presença de todos, elogiou o convívio e pediu gente nova para o substituir e dar nova energia à casa, apesar de estar «muito bem em todos os aspetos».
Ricardo Rio explicou a sua presença no evento, em primeiro lugar, para valorizar e enaltecer o trabalho da Casa de Trás -os-Montes em Braga, na integração e para que não se percam as raízes das terras; mas também para ouvir o amigo e especialista Jorge Nunes.
Sendo o mote S. Martinho, não faltaram castanhas, vinhos e Jeropiga e muitas outras iguarias que fizerem os presentes regressar às origens.
O Grupo de Cavaquinho da Casa de Trás-os-Montes também ajudou, com as músicas, a criar um ambiente transmontano. Uma vez mais, José Machado, vice-presidente da Casa de Trás-os-Montes, "moderou" as intervenções e comandou o evento. E convidou os presentes para a feira de Carcão,em Vimieiro hoje, com a camioneta a sair às 07h30. Uma forma de «comprovar» as infraestruturas culturais anunciadas por engenheiro Jorge Nunes, na palestra.