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Câmara de Braga e biblioteca vandalizadas

Câmara de Braga e biblioteca vandalizadas
Fotografia Facebook / Luís Filipe Pedroso

Redação

Publicado em 23 de outubro de 2024, às 10:06

Porta e paredes com pinturas com referências ao caso do bairro da Cova da Moura, na Amadora

As portas da Câmara Municipal de Braga e a parede da biblioteca pública foram vandalizadas, segundo divulgou esta quarta-feira Luís Filipe Pedroso, presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade.

O conteúdo da pintura faz referência ao caso do bairro da Cova da Moura, na Amadora, em que um agente da PSP fez disparos que levaram à morte de um homem.

O presidente da Junta publicou as fotos no seu Facebook e fez um apelo para o aumento do efetivo policial na cidade.

“Não estamos na Cova da Moura mas parece, é urgente a vídeo vigilância, e a presença policial, o número de efetivos hoje é menor que dez anos atrás, Braga cresceu em área e em população é urgente o reforço de meios humanos, se não temo que as coisas piorem”, publicou Luís Filipe Pedroso.

Odair Moniz, de 43 anos, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

Segundo a direção nacional da PSP, o homem pôs-se “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial na Avenida da República, na Amadora, e “entrou em despiste” na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.

A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigem uma investigação “séria e isenta” para apurar “todas as responsabilidades”, considerando que está em causa “uma cultura de impunidade” nas polícias. De acordo com os relatos recolhidos no bairro pelo Vida Justa, o que houve foram “dois tiros num trabalhador desarmado”.

Na segunda-feira, o Ministério da Administração Interna determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito urgente e também a PSP anunciou a abertura de um inquérito interno para apurar as circunstâncias da ocorrência. O agente que baleou o homem foi entretanto constituído arguido, indicou fonte da Polícia Judiciária.